Nasci em Soledade (RS) no dia 11 de julho de 1945, filho do agricultor Prosdócimo Guerra e de Adele Fumagalli Guerra. Meus avós paternos são Francisco Guerra e Amabile Zorzetto, italianos da região de Vêneto e os avós maternos são José Fumagalli e Angela Ferri, “tutti buona gente”.
Tenho dois irmãos, Valdir e Ivânio Guerra, que foram deputados federais, o primeiro pelo Estado do Mato Grosso do Sul e o segundo pelo Paraná.
Sou casado, desde 1977, com Ângela Jocélia Pacheco dos Santos Lima Guerra, com quem tenho cinco filhos: Guilherme, Pedro, Maria Pia, Ana Sofia e Henrique; três netas: Laura, Amora e Alicia.
Comecei meus estudos em Soledade na Escola Municipal Pierina Guerra, depois no Seminário Seráfico de São José, em Veranópolis (RS) e no Colégio Nossa Senhora das Graças, em Pato Branco no Paraná. Completei o ensino médio em Curitiba no Colégio Estadual do Paraná
Fiz o curso de Medicina pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) em 1972, especializando-me em pediatria na mesma Universidade em 1974. Durante o curso, fui chefe dos médicos residentes do Hospital de Clínicas do Paraná.
Fiz Pós-Graduação em Medicina, na Universidade Federal do Paraná em 1974 e, como Mestrado, o Crescimento e Desenvolvimento de Crianças Sadias, no Hospital de Niños da Universidade de Buenos Aires em 1975.
E, nos anos seguintes, atuei em diversas instituições de saúde, tendo sido presidente da Associação Médica do Paraná (1976) e chefe do Serviço de Medicina Social da agência da Previdência Social de Pato Branco (PR) de 1976 a 1979.
Nessa época, adquiri projeção no Estado por meu trabalho na superintendência do INAMPS, quando descobri casos de corrupção administrativa e fechei unidades hospitalares no Paraná depois de comprovadas as denúncias de irregularidades.
E, devido minha atuação em instituições ligadas à saúde pública, ingressei na carreira política, elegendo-me deputado federal em 1982/1986, reeleito em 1987/1990.
Nos trabalhos constituintes, concentrei-me na abordagem de problemas referentes à organização da saúde pública.
Em 15 de março de 1990, com a posse do novo Presidente da República, Fernando Collor, licenciei-me do mandato de deputado federal e substituí Seigo Tsuzuki no Ministério da Saúde, acumulando posteriormente essa pasta com o Ministério da Criança (1991/1992).
Quando assumi o Ministério da Saúde, num contexto de redução de verbas públicas para o setor, tomei medidas impopulares, como o corte de funcionários, empreendendo uma reforma administrativa no INAMPS e, por conta disso, enfrentei protestos de trabalhadores.
No plano estritamente operacional, criei programas de multivacinação responsáveis pela obtenção das mais altas taxas de imunização da história do país, assumindo o projeto de implantação dos Centros Integrados de Apoio à Criança (CIACs) e nacionalizei os agentes comunitários de saúde, iniciativas que me valeram o prêmio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Entrei em conflito, sem temer represálias, em favor da saúde com os maiores fabricantes de remédios do Brasil ao ameaçar processá-los por aumentos abusivos de preços e formação de cartel.
Deixei o Ministério da Saúde em 1992, me dedicando a atividades empresariais no interior do Paraná, enquanto tramitava na justiça o caso das licitações suspeitas.
Fui acusado de comprar, para o Ministério da Saúde, 23.500 bicicletas a preços superfaturados. Em outubro de 1994, após oito meses de investigação pela Polícia Federal, a Procuradoria-Geral da República mandou encerrar, por falta de provas, o inquérito que investigou as denúncias, tendo o Supremo Tribunal Federal (STF) determinado o arquivamento de todos os processos por crimes de corrupção existentes contra mim.
Com a recuperação de minha imagem, após a absolvição, retornei às atividades políticas elegendo-me Prefeito de Pato Branco em 1996, com 74,79% do total de votos.
Durante minha gestão na Prefeitura, até 2000, investi fortemente em projetos educacionais, um programa que beneficiou quase toda a totalidade das crianças do Município, além do Parque Tecnológico da cidade e o estímulo a investimentos industriais, contribuindo para a mudança do perfil econômico de Pato Branco, que se tornou um polo produtor em tecnologia de informação e comunicação do Paraná.
Mas, novamente fui vítima de denúncias, por perseguições políticas, que não foram comprovadas, fortalecendo minha credibilidade de homem público.
Em julho de 2000, deixei a Prefeitura de Pato Branco para assumir a Secretaria da Casa Civil, do segundo mandato do governador Jaime Lerner.
Em 2005, sofri um grave acidente de automóvel e hospitalizado fui obrigado a interromper o MBA, de gerenciamento de Projetos ISAE FGV.
Nas eleições de outubro de 2006, fui eleito novamente Deputado Federal pelo Paraná com 69.022 votos.
Após tantos cargos públicos ocupados e projetos em favor da comunidade realizados, exerci como secretário a Secretaria Geral da Fundação Liberdade e Cidadania de 2009 a 2011.
Não posso me furtar, com justo orgulho de ser, o reconhecimento público recebido, no Brasil e no exterior, representado por dezenas de condecorações historicamente registradas de 1982 a 2015 como a Medalha Gran Cruz de La Orden Condor de Los Andes, a maior condecoração da Bolívia a um estrangeiro, acontecida em La Paz em 1990 e, também, a Medalha da Ordem do Pinheiro do Estado do Paraná, grau Gran Cruz em 2015, somadas às outras vinte e nove premiações recebidas.
Tenho três trabalhos literários: Velocidade de Crescimento das Crianças Argentinas, em parceria com o Dr.Horácio Lejarraga, ganhador da medalha de ouro do centenário da Universidade de Buenos Aires em 1977; os livros Criança Empreendedora em 2008 e a Imaginação Como Estratégia em 2013, edições esgotadas.
No campo esportivo, sou torcedor confesso do Coritiba F.C.,clube do qual fui seu vice-presidente na gestão de Roberto Bacellar, em 2016.