Salomão Soifer (2017) Comércio – Curitiba – Paraná

Nasci em Curitiba, os meus pais chamam-se Davi Soifer e Aida Soifer, o meu avô chamava-se Salomão Soifer, porque nós descendentes de israelita utilizamos o nome de pai, avô e assim sucessivamente. O nome da minha avó era Ana, eles são da Bessarábia. Primeiramente o meu pai veio ao Brasil, já noivo da minha mãe para tentar vida, porque era uma época da guerra, muito difícil, então viria para trabalhar e depois mandar dinheiro para trazê-la. Minha mãe ficou morando na Bessarábia e assim meu pai conseguiu enviar dinheiro a ela que veio de navio ao Brasil.

Durante um ano moraram no Rio de Janeiro, depois mudaram-se pra Porto Alegre, onde nasceram meus dois irmãos, Jacó Soifer e a Maria Soifer e posteriormente vieram morar em Curitiba. Em 1940 meu pai morreu e eu tinha sete anos de idade, quando desejei um patinete, porém não tinha condições de comprar e comecei a pensar o que poderia fazer pra poder comprá-lo. Então resolvi ir a estação ferroviária, onde comecei a carregar as malas dos passageiros até o hotel, como carregador e assim recebia gorjetas. Minha irmã casou-se com o dono da relojoaria Progresso, onde ele me deu um emprego na área da contabilidade, depois me ensinou consertar relógios. Logo após abri meu próprio estabelecimento, uma joalheria.

Depois comecei meus estudos de Direito e a trabalhar em um escritório de advocacia. Em um determinado dia, um sujeito dono da metade de um terreno na Marechal Deodoro, cuja a outra metade era de herdeiros, onde tinha menores e veio com  o propósito de resolver o problema de eimpasse da venda do terreno,então consegui resolver tudo juridicamente e assim foi possível comprar o imóvel, onde construí um prédio e depois o vendi. Neste tempo conheci minha esposa atual, Guita, depois casamos, tivemos três filhos a Simone, o Davi e a Susane.

Fiz algumas sociedades em loteamento, porém em uma viagem a São Paulo entrei pela primeira vez em um shopping: o Iguatemi e fiquei encantado a ponto de desejar construir um em Curitiba. Corri atrás e consegui um terreno dos irmãos Mueller. Através de inúmeras negociações e financiamentos na Caixa Econômica Federal, a qual financiava apenas uma parte do valor, desta forma consegui construir o empreendimento desejado, o shopping Mueller, o qual foi um sucesso após sua inauguração. Anterior a construção do shopping, juntamente com meu cunhado, fizemos um hospital psiquiátrico na Vila Hauer, depois em São José os Pinhais, onde atualmente é o shopping São José.

Voltando um pouco no tempo, como gostava muito de cavalos, consegui um emprego em uma casa de apostas, a Casa Brasil, como trocador de cédulas. Depois fui trabalhar em uma revista de turfe, a Turfe em Marcha, onde transmitia as corridas de cavalos. Atualmente sou criador e tenho cocheiras no Tarumã.

Houve uma notícia que sairia uma licitação do terminal de Paranaguá; consegui comprar o edital e sem muita experiência em relação a licitações, entrei em contato com empresários que tinham mais experiência, porém quando comprei o edital era tarde, assim não teríamos tempo suficiente para obter a documentação para então poder participar da licitação. Foi quando nos informaram que o Doutor Mario Mader, ele não só tinha comprado o edital como ele estava preparando uma proposta para ser entregue em Paranaguá, pois faltavam poucos dias para encerrar a entrega das licitações.

Fui até o escritório do doutor Mario Mader, para saber a possibilidade da gente participar junto. Ele disse que não haveria problema algum, que estaria aberto e aceitaria a minha participação junto a eles. Ele me mostrou a documentação, havia um sócio de Santos, ele era o sócio majoritário, e havia sido elaborada uma proposta a ser entregue a uma importância ínfima e com aquela importância ele não iria ganhar. Tecnicamente ele tinha toda a documentação, mas o preço que ele estava colocando era um preço muito baixo. Eu disse a ele: vamos oferecer uma importância muito mais significativa, que nós teremos maiores possibilidades de ganhar, mesmo tendo assim resultados menores e desta forma tivemos a felicidade de ganhar.

Um dos sócios do Mueller, sugeriu que havia uma possibilidade de adquirir o shopping Rio Sul no Rio de Janeiro e assim o fizemos, assumindo uma responsabilidade que o antigo proprietário tinha para com a Caixa Econômica Federal, dando como garantia não só o Shopping Rio Sul, como demos o shopping Mueller de Curitiba, várias propriedades minhas,  para então garantir junto aos órgãos Federais e municipais o financiamento. Mas o mais importante que eu tenho que contar não é a respeito da parte empresarial, porque o Brasil é um país que tem muitas oportunidades, é só uma pessoa ter o discernimento de ir atrás que vai conseguir porque o país é maravilhoso.

Gostaria de dizer sobre uma das coisas mais apaixonantes, o haras, a respeito de um haras chamado Haras Springfield e como ele nasceu. Eu tenho tenho um amigo meu chamado Ataíde, veterinário ele era muito amigo meu e ele volta e meia vinha a Curitiba cuidar de vários haras e eu sempre perguntava para ele: “me diz uma coisa, o que que é preciso para ter um haras?”, e ele disse: “Salomão, é preciso ter terra, se não tiver terra não pode ter um haras”. E assim usamos foi passando o tempo, um determinado dia eu tava indo para Guaratuba onde nós tínhamos uma casa, eu fui de férias, eu fui ver a minha família e no caminho para a praia, em Tijucas do Sul tinha um anúncio e uma seta indicando “vende-se”, eu parei o carro entrei na fazenda e perguntei quem era o dono, me apontaram o dono, aí perguntei se tinha claro, o interesse de vender porque senão eu não saberia que queria vender, era uma leiteria e tinham lá poucas vacas, mas não tava indo bem e ele tava se mudando de Curitiba e queria vender. Eu acabei comprando a propriedade.

Posteriormente liguei para o meu amigo o seu Ataíde, perguntando para ele o que que é preciso para ter um Haras, ele disse: “Terras! Então meu amigo Salomão aqui comprou uma área, ah será que é boa, será que não é”. Então veio a Curitiba, se apaixonou pela terra, disse que faria um esforço para ser o meu sócio, como de fato foi. Vendeu propriedades dele também para poder suportar os embolsos, mas me fez uma exigência que queria fazer um haras empresa, onde nós iríamos fazer um haras para alojar animais de terceiros, éguas reprodutoras de terceiros e nós iríamos ter dez reprodutoras que é o que nós poderíamos ter. Eu concordei de imediato, mandamos fazer um projeto com arquiteto maravilhoso chamado Marcos Tomanik, é um arquiteto que já fez vários haras no Brasil, o haras ficou maravilhoso, o conceito do seu Ataíde era muito grande São Paulo e nós passamos a ter 60 pensionistas e 10 éguas da nossa propriedade.

Mas como o turfe é muito envolvente, é apaixonante, o Ataíde me telefonava no meio da noite e dizia: “olha quero te dizer que comprei mais duas éguas” e assim foi indo, o que aconteceu nós acabamos ficando com 60 reprodutoras e 10 animais de terceiros. Como o desembolso era muito grande eu tava vendo e lamentavelmente nós não teríamos condições de continuar, mesmo porque a inflação era muito grande e realmente o criador no Brasil ele é um sofredor, ele continua porque é teimoso, apesar de que realmente nos últimos anos o número da reprodutoras vem diminuindo assustadoramente, os criadores estão diminuindo e realmente é um ramo que só fica quem tem desprendimento e que ama muito o animal cavalo puro sangue que é o meu caso.

Aconteceu que nós acabamos vendendo, estava se tornando insuportável, o nome do haras era Mossoró e que eu não tinha mais posição nenhuma de continuar porque o prejuízo era muito grande. Achava eu, no meu modo de ver, que ele iria me fazer uma proposta e eu venderia para ele a minha participação. Como ele não fez proposta nenhuma, nós colocamos o imóvel para vender e não apareceu comprador nenhum. Com o decorrer do tempo, ele me ofereceu a parte dele, eu comprei a parte dele e acabei comprando um reprodutor nos Estados Unidos, um reprodutor muito bom, que teve muito sucesso e acabei investindo muito mais do que eu pensava, porque o turfe é uma coisa que está dentro das pessoas, é muito apaixonante. Por exemplo, um animal quando ganha, quem não é do ramo, a pessoa fica maluca: “olha como ele torceu, olha como ele vibrou!”. Então é apaixonante, porque você vê o animal nascer, sabe quem é o pai, sabe quem é a mãe, sabe qual é a descendência e é uma coisa que é indescritível o que sente um criador e proprietário de cavalo de corrida.

O mais importante da minha vida, eu até fico emocionado, é minha mulher chamada Guita Soifer, que aos 13 anos de idade eu olhei pra ela e disse: “vou casar com essa menina!” Acabei casando, fizemos uma família maravilhosa: tenho três filhos, oito netos e seis bisnetos. Quanto à relação familiar eu me sinto um homem muito, muito, muito feliz em função da minha esposa, com quem eu tive a felicidade de casar. Estou casado há 63 anos, ela é uma esposa maravilhosa, ela é artista plástica, ela criou praticamente e diretamente os filhos, porque eu não fui um pai excepcional, não fui um pai muito presente, em função de que sempre estava atrás de negociações, de empreendimentos e ela acabou criando-os maravilhosamente bem. Eu quando passeava com ela no parque, ela ficava me contando histórias da literatura, me cutucava e dizia: “Salomão eu te levo para coisas que você jamais imagina, para um outro mundo porque o teu mundo é um mundo empresarial”, e disse: “e essa é uma grande verdade”.

Guita e eu tivemos três filhos, minha primeira filha a Simone que trabalha conosco até o dia de hoje, o Davi Soifer, da mesma forma, a minha terceira filha, Susanne, ela é empresária, dona de vários cafés e nunca quis participar diretamente. A Simone teve três filhos maravilhosos, que é o André que trabalha hoje em São Paulo, diretor de uma empresa que era Telefônica, hoje é Vivo um diretor bastante inteligente,  temos o Ilan, com uma capacidade extraordinária e o Daniel outro grande executivo. O André teve quatro filhos, um deles é o Rafael e por esses dias estava embarcando para a Austrália, está com 15 anos, um guri excepcional e quer ir morar em Israel, é um bom rapaz que com 15 anos já quer ir para o mundo. O Nathan é que fala que quer se formar, em provavelmente quer ser médico, temos o terceiro que é o Roni que ainda não se definiu e o menor que é o Michel que é outro guri da é maravilhoso, moram em São Paulo, todos eles gente muito fina. Quanto ao Davi, ele teve dois filhos maravilhosos: a Liana e o Felipe, e ela me deu uma bisneta, a única bisnetinha minha, a qual chama-se Nina e a Suzi teve três filhos maravilhosos, a Nicole, a Giovana e o Guilherme. O meu segundo neto, o Ilan, nasceu logo depois do André, ele é um menino totalmente diferente, ele começou como DJ, apaixonado pela música, teve a felicidade de casar uma moça maravilhosa, a Letícia e tiveram um filho, que é meu bisneto, um loirinho maravilhoso chamado Arthur. Essa é a minha família.

Nasci em Curitiba, os meus pais chamam-se Davi Soifer e Aida Soifer, o meu avô chamava-se Salomão Soifer, porque nós descendentes de israelita utilizamos o nome de pai, avô e assim sucessivamente. O nome da minha avó era Ana, eles são da Bessarábia. Primeiramente o meu pai veio ao Brasil, já noivo da minha mãe para tentar vida, porque era uma época da guerra, muito difícil, então viria para trabalhar e depois mandar dinheiro para trazê-la. Minha mãe ficou morando na Bessarábia e assim meu pai conseguiu enviar dinheiro a ela que veio de navio ao Brasil.

Durante um ano moraram no Rio de Janeiro, depois mudaram-se pra Porto Alegre, onde nasceram meus dois irmãos, Jacó Soifer e a Maria Soifer e posteriormente vieram morar em Curitiba. Em 1940 meu pai morreu e eu tinha sete anos de idade, quando desejei um patinete, porém não tinha condições de comprar e comecei a pensar o que poderia fazer pra poder comprá-lo. Então resolvi ir a estação ferroviária, onde comecei a carregar as malas dos passageiros até o hotel, como carregador e assim recebia gorjetas. Minha irmã casou-se com o dono da relojoaria Progresso, onde ele me deu um emprego na área da contabilidade, depois me ensinou consertar relógios. Logo após abri meu próprio estabelecimento, uma joalheria.

Depois comecei meus estudos de Direito e a trabalhar em um escritório de advocacia. Em um determinado dia, um sujeito dono da metade de um terreno na Marechal Deodoro, cuja a outra metade era de herdeiros, onde tinha menores e veio com  o propósito de resolver o problema de eimpasse da venda do terreno,então consegui resolver tudo juridicamente e assim foi possível comprar o imóvel, onde construí um prédio e depois o vendi. Neste tempo conheci minha esposa atual, Guita, depois casamos, tivemos três filhos a Simone, o Davi e a Susane.

Fiz algumas sociedades em loteamento, porém em uma viagem a São Paulo entrei pela primeira vez em um shopping: o Iguatemi e fiquei encantado a ponto de desejar construir um em Curitiba. Corri atrás e consegui um terreno dos irmãos Mueller. Através de inúmeras negociações e financiamentos na Caixa Econômica Federal, a qual financiava apenas uma parte do valor, desta forma consegui construir o empreendimento desejado, o shopping Mueller, o qual foi um sucesso após sua inauguração. Anterior a construção do shopping, juntamente com meu cunhado, fizemos um hospital psiquiátrico na Vila Hauer, depois em São José os Pinhais, onde atualmente é o shopping São José.

Voltando um pouco no tempo, como gostava muito de cavalos, consegui um emprego em uma casa de apostas, a Casa Brasil, como trocador de cédulas. Depois fui trabalhar em uma revista de turfe, a Turfe em Marcha, onde transmitia as corridas de cavalos. Atualmente sou criador e tenho cocheiras no Tarumã.

Houve uma notícia que sairia uma licitação do terminal de Paranaguá; consegui comprar o edital e sem muita experiência em relação a licitações, entrei em contato com empresários que tinham mais experiência, porém quando comprei o edital era tarde, assim não teríamos tempo suficiente para obter a documentação para então poder participar da licitação. Foi quando nos informaram que o Doutor Mario Mader, ele não só tinha comprado o edital como ele estava preparando uma proposta para ser entregue em Paranaguá, pois faltavam poucos dias para encerrar a entrega das licitações.

Fui até o escritório do doutor Mario Mader, para saber a possibilidade da gente participar junto. Ele disse que não haveria problema algum, que estaria aberto e aceitaria a minha participação junto a eles. Ele me mostrou a documentação, havia um sócio de Santos, ele era o sócio majoritário, e havia sido elaborada uma proposta a ser entregue a uma importância ínfima e com aquela importância ele não iria ganhar. Tecnicamente ele tinha toda a documentação, mas o preço que ele estava colocando era um preço muito baixo. Eu disse a ele: vamos oferecer uma importância muito mais significativa, que nós teremos maiores possibilidades de ganhar, mesmo tendo assim resultados menores e desta forma tivemos a felicidade de ganhar.

Um dos sócios do Mueller, sugeriu que havia uma possibilidade de adquirir o shopping Rio Sul no Rio de Janeiro e assim o fizemos, assumindo uma responsabilidade que o antigo proprietário tinha para com a Caixa Econômica Federal, dando como garantia não só o Shopping Rio Sul, como demos o shopping Mueller de Curitiba, várias propriedades minhas,  para então garantir junto aos órgãos Federais e municipais o financiamento. Mas o mais importante que eu tenho que contar não é a respeito da parte empresarial, porque o Brasil é um país que tem muitas oportunidades, é só uma pessoa ter o discernimento de ir atrás que vai conseguir porque o país é maravilhoso.

Gostaria de dizer sobre uma das coisas mais apaixonantes, o haras, a respeito de um haras chamado Haras Springfield e como ele nasceu. Eu tenho tenho um amigo meu chamado Ataíde, veterinário ele era muito amigo meu e ele volta e meia vinha a Curitiba cuidar de vários haras e eu sempre perguntava para ele: “me diz uma coisa, o que que é preciso para ter um haras?”, e ele disse: “Salomão, é preciso ter terra, se não tiver terra não pode ter um haras”. E assim usamos foi passando o tempo, um determinado dia eu tava indo para Guaratuba onde nós tínhamos uma casa, eu fui de férias, eu fui ver a minha família e no caminho para a praia, em Tijucas do Sul tinha um anúncio e uma seta indicando “vende-se”, eu parei o carro entrei na fazenda e perguntei quem era o dono, me apontaram o dono, aí perguntei se tinha claro, o interesse de vender porque senão eu não saberia que queria vender, era uma leiteria e tinham lá poucas vacas, mas não tava indo bem e ele tava se mudando de Curitiba e queria vender. Eu acabei comprando a propriedade.

Posteriormente liguei para o meu amigo o seu Ataíde, perguntando para ele o que que é preciso para ter um Haras, ele disse: “Terras! Então meu amigo Salomão aqui comprou uma área, ah será que é boa, será que não é”. Então veio a Curitiba, se apaixonou pela terra, disse que faria um esforço para ser o meu sócio, como de fato foi. Vendeu propriedades dele também para poder suportar os embolsos, mas me fez uma exigência que queria fazer um haras empresa, onde nós iríamos fazer um haras para alojar animais de terceiros, éguas reprodutoras de terceiros e nós iríamos ter dez reprodutoras que é o que nós poderíamos ter. Eu concordei de imediato, mandamos fazer um projeto com arquiteto maravilhoso chamado Marcos Tomanik, é um arquiteto que já fez vários haras no Brasil, o haras ficou maravilhoso, o conceito do seu Ataíde era muito grande São Paulo e nós passamos a ter 60 pensionistas e 10 éguas da nossa propriedade.

Mas como o turfe é muito envolvente, é apaixonante, o Ataíde me telefonava no meio da noite e dizia: “olha quero te dizer que comprei mais duas éguas” e assim foi indo, o que aconteceu nós acabamos ficando com 60 reprodutoras e 10 animais de terceiros. Como o desembolso era muito grande eu tava vendo e lamentavelmente nós não teríamos condições de continuar, mesmo porque a inflação era muito grande e realmente o criador no Brasil ele é um sofredor, ele continua porque é teimoso, apesar de que realmente nos últimos anos o número da reprodutoras vem diminuindo assustadoramente, os criadores estão diminuindo e realmente é um ramo que só fica quem tem desprendimento e que ama muito o animal cavalo puro sangue que é o meu caso.

Aconteceu que nós acabamos vendendo, estava se tornando insuportável, o nome do haras era Mossoró e que eu não tinha mais posição nenhuma de continuar porque o prejuízo era muito grande. Achava eu, no meu modo de ver, que ele iria me fazer uma proposta e eu venderia para ele a minha participação. Como ele não fez proposta nenhuma, nós colocamos o imóvel para vender e não apareceu comprador nenhum. Com o decorrer do tempo, ele me ofereceu a parte dele, eu comprei a parte dele e acabei comprando um reprodutor nos Estados Unidos, um reprodutor muito bom, que teve muito sucesso e acabei investindo muito mais do que eu pensava, porque o turfe é uma coisa que está dentro das pessoas, é muito apaixonante. Por exemplo, um animal quando ganha, quem não é do ramo, a pessoa fica maluca: “olha como ele torceu, olha como ele vibrou!”. Então é apaixonante, porque você vê o animal nascer, sabe quem é o pai, sabe quem é a mãe, sabe qual é a descendência e é uma coisa que é indescritível o que sente um criador e proprietário de cavalo de corrida.

O mais importante da minha vida, eu até fico emocionado, é minha mulher chamada Guita Soifer, que aos 13 anos de idade eu olhei pra ela e disse: “vou casar com essa menina!” Acabei casando, fizemos uma família maravilhosa: tenho três filhos, oito netos e seis bisnetos. Quanto à relação familiar eu me sinto um homem muito, muito, muito feliz em função da minha esposa, com quem eu tive a felicidade de casar. Estou casado há 63 anos, ela é uma esposa maravilhosa, ela é artista plástica, ela criou praticamente e diretamente os filhos, porque eu não fui um pai excepcional, não fui um pai muito presente, em função de que sempre estava atrás de negociações, de empreendimentos e ela acabou criando-os maravilhosamente bem. Eu quando passeava com ela no parque, ela ficava me contando histórias da literatura, me cutucava e dizia: “Salomão eu te levo para coisas que você jamais imagina, para um outro mundo porque o teu mundo é um mundo empresarial”, e disse: “e essa é uma grande verdade”.

Guita e eu tivemos três filhos, minha primeira filha a Simone que trabalha conosco até o dia de hoje, o Davi Soifer, da mesma forma, a minha terceira filha, Susanne, ela é empresária, dona de vários cafés e nunca quis participar diretamente. A Simone teve três filhos maravilhosos, que é o André que trabalha hoje em São Paulo, diretor de uma empresa que era Telefônica, hoje é Vivo um diretor bastante inteligente,  temos o Ilan, com uma capacidade extraordinária e o Daniel outro grande executivo. O André teve quatro filhos, um deles é o Rafael e por esses dias estava embarcando para a Austrália, está com 15 anos, um guri excepcional e quer ir morar em Israel, é um bom rapaz que com 15 anos já quer ir para o mundo. O Nathan é que fala que quer se formar, em provavelmente quer ser médico, temos o terceiro que é o Roni que ainda não se definiu e o menor que é o Michel que é outro guri da é maravilhoso, moram em São Paulo, todos eles gente muito fina. Quanto ao Davi, ele teve dois filhos maravilhosos: a Liana e o Felipe, e ela me deu uma bisneta, a única bisnetinha minha, a qual chama-se Nina e a Suzi teve três filhos maravilhosos, a Nicole, a Giovana e o Guilherme. O meu segundo neto, o Ilan, nasceu logo depois do André, ele é um menino totalmente diferente, ele começou como DJ, apaixonado pela música, teve a felicidade de casar uma moça maravilhosa, a Letícia e tiveram um filho, que é meu bisneto, um loirinho maravilhoso chamado Arthur. Essa é a minha família.

Nasci em Curitiba, os meus pais chamam-se Davi Soifer e Aida Soifer, o meu avô chamava-se Salomão Soifer, porque nós descendentes de israelita utilizamos o nome de pai, avô e assim sucessivamente. O nome da minha avó era Ana, eles são da Bessarábia. Primeiramente o meu pai veio ao Brasil, já noivo da minha mãe para tentar vida, porque era uma época da guerra, muito difícil, então viria para trabalhar e depois mandar dinheiro para trazê-la. Minha mãe ficou morando na Bessarábia e assim meu pai conseguiu enviar dinheiro a ela que veio de navio ao Brasil.

Durante um ano moraram no Rio de Janeiro, depois mudaram-se pra Porto Alegre, onde nasceram meus dois irmãos, Jacó Soifer e a Maria Soifer e posteriormente vieram morar em Curitiba. Em 1940 meu pai morreu e eu tinha sete anos de idade, quando desejei um patinete, porém não tinha condições de comprar e comecei a pensar o que poderia fazer pra poder comprá-lo. Então resolvi ir a estação ferroviária, onde comecei a carregar as malas dos passageiros até o hotel, como carregador e assim recebia gorjetas. Minha irmã casou-se com o dono da relojoaria Progresso, onde ele me deu um emprego na área da contabilidade, depois me ensinou consertar relógios. Logo após abri meu próprio estabelecimento, uma joalheria.

Depois comecei meus estudos de Direito e a trabalhar em um escritório de advocacia. Em um determinado dia, um sujeito dono da metade de um terreno na Marechal Deodoro, cuja a outra metade era de herdeiros, onde tinha menores e veio com  o propósito de resolver o problema de eimpasse da venda do terreno,então consegui resolver tudo juridicamente e assim foi possível comprar o imóvel, onde construí um prédio e depois o vendi. Neste tempo conheci minha esposa atual, Guita, depois casamos, tivemos três filhos a Simone, o Davi e a Susane.

Fiz algumas sociedades em loteamento, porém em uma viagem a São Paulo entrei pela primeira vez em um shopping: o Iguatemi e fiquei encantado a ponto de desejar construir um em Curitiba. Corri atrás e consegui um terreno dos irmãos Mueller. Através de inúmeras negociações e financiamentos na Caixa Econômica Federal, a qual financiava apenas uma parte do valor, desta forma consegui construir o empreendimento desejado, o shopping Mueller, o qual foi um sucesso após sua inauguração. Anterior a construção do shopping, juntamente com meu cunhado, fizemos um hospital psiquiátrico na Vila Hauer, depois em São José os Pinhais, onde atualmente é o shopping São José.

Voltando um pouco no tempo, como gostava muito de cavalos, consegui um emprego em uma casa de apostas, a Casa Brasil, como trocador de cédulas. Depois fui trabalhar em uma revista de turfe, a Turfe em Marcha, onde transmitia as corridas de cavalos. Atualmente sou criador e tenho cocheiras no Tarumã.

Houve uma notícia que sairia uma licitação do terminal de Paranaguá; consegui comprar o edital e sem muita experiência em relação a licitações, entrei em contato com empresários que tinham mais experiência, porém quando comprei o edital era tarde, assim não teríamos tempo suficiente para obter a documentação para então poder participar da licitação. Foi quando nos informaram que o Doutor Mario Mader, ele não só tinha comprado o edital como ele estava preparando uma proposta para ser entregue em Paranaguá, pois faltavam poucos dias para encerrar a entrega das licitações.

Fui até o escritório do doutor Mario Mader, para saber a possibilidade da gente participar junto. Ele disse que não haveria problema algum, que estaria aberto e aceitaria a minha participação junto a eles. Ele me mostrou a documentação, havia um sócio de Santos, ele era o sócio majoritário, e havia sido elaborada uma proposta a ser entregue a uma importância ínfima e com aquela importância ele não iria ganhar. Tecnicamente ele tinha toda a documentação, mas o preço que ele estava colocando era um preço muito baixo. Eu disse a ele: vamos oferecer uma importância muito mais significativa, que nós teremos maiores possibilidades de ganhar, mesmo tendo assim resultados menores e desta forma tivemos a felicidade de ganhar.

Um dos sócios do Mueller, sugeriu que havia uma possibilidade de adquirir o shopping Rio Sul no Rio de Janeiro e assim o fizemos, assumindo uma responsabilidade que o antigo proprietário tinha para com a Caixa Econômica Federal, dando como garantia não só o Shopping Rio Sul, como demos o shopping Mueller de Curitiba, várias propriedades minhas,  para então garantir junto aos órgãos Federais e municipais o financiamento. Mas o mais importante que eu tenho que contar não é a respeito da parte empresarial, porque o Brasil é um país que tem muitas oportunidades, é só uma pessoa ter o discernimento de ir atrás que vai conseguir porque o país é maravilhoso.

Gostaria de dizer sobre uma das coisas mais apaixonantes, o haras, a respeito de um haras chamado Haras Springfield e como ele nasceu. Eu tenho tenho um amigo meu chamado Ataíde, veterinário ele era muito amigo meu e ele volta e meia vinha a Curitiba cuidar de vários haras e eu sempre perguntava para ele: “me diz uma coisa, o que que é preciso para ter um haras?”, e ele disse: “Salomão, é preciso ter terra, se não tiver terra não pode ter um haras”. E assim usamos foi passando o tempo, um determinado dia eu tava indo para Guaratuba onde nós tínhamos uma casa, eu fui de férias, eu fui ver a minha família e no caminho para a praia, em Tijucas do Sul tinha um anúncio e uma seta indicando “vende-se”, eu parei o carro entrei na fazenda e perguntei quem era o dono, me apontaram o dono, aí perguntei se tinha claro, o interesse de vender porque senão eu não saberia que queria vender, era uma leiteria e tinham lá poucas vacas, mas não tava indo bem e ele tava se mudando de Curitiba e queria vender. Eu acabei comprando a propriedade.

Posteriormente liguei para o meu amigo o seu Ataíde, perguntando para ele o que que é preciso para ter um Haras, ele disse: “Terras! Então meu amigo Salomão aqui comprou uma área, ah será que é boa, será que não é”. Então veio a Curitiba, se apaixonou pela terra, disse que faria um esforço para ser o meu sócio, como de fato foi. Vendeu propriedades dele também para poder suportar os embolsos, mas me fez uma exigência que queria fazer um haras empresa, onde nós iríamos fazer um haras para alojar animais de terceiros, éguas reprodutoras de terceiros e nós iríamos ter dez reprodutoras que é o que nós poderíamos ter. Eu concordei de imediato, mandamos fazer um projeto com arquiteto maravilhoso chamado Marcos Tomanik, é um arquiteto que já fez vários haras no Brasil, o haras ficou maravilhoso, o conceito do seu Ataíde era muito grande São Paulo e nós passamos a ter 60 pensionistas e 10 éguas da nossa propriedade.

Mas como o turfe é muito envolvente, é apaixonante, o Ataíde me telefonava no meio da noite e dizia: “olha quero te dizer que comprei mais duas éguas” e assim foi indo, o que aconteceu nós acabamos ficando com 60 reprodutoras e 10 animais de terceiros. Como o desembolso era muito grande eu tava vendo e lamentavelmente nós não teríamos condições de continuar, mesmo porque a inflação era muito grande e realmente o criador no Brasil ele é um sofredor, ele continua porque é teimoso, apesar de que realmente nos últimos anos o número da reprodutoras vem diminuindo assustadoramente, os criadores estão diminuindo e realmente é um ramo que só fica quem tem desprendimento e que ama muito o animal cavalo puro sangue que é o meu caso.

Aconteceu que nós acabamos vendendo, estava se tornando insuportável, o nome do haras era Mossoró e que eu não tinha mais posição nenhuma de continuar porque o prejuízo era muito grande. Achava eu, no meu modo de ver, que ele iria me fazer uma proposta e eu venderia para ele a minha participação. Como ele não fez proposta nenhuma, nós colocamos o imóvel para vender e não apareceu comprador nenhum. Com o decorrer do tempo, ele me ofereceu a parte dele, eu comprei a parte dele e acabei comprando um reprodutor nos Estados Unidos, um reprodutor muito bom, que teve muito sucesso e acabei investindo muito mais do que eu pensava, porque o turfe é uma coisa que está dentro das pessoas, é muito apaixonante. Por exemplo, um animal quando ganha, quem não é do ramo, a pessoa fica maluca: “olha como ele torceu, olha como ele vibrou!”. Então é apaixonante, porque você vê o animal nascer, sabe quem é o pai, sabe quem é a mãe, sabe qual é a descendência e é uma coisa que é indescritível o que sente um criador e proprietário de cavalo de corrida.

O mais importante da minha vida, eu até fico emocionado, é minha mulher chamada Guita Soifer, que aos 13 anos de idade eu olhei pra ela e disse: “vou casar com essa menina!” Acabei casando, fizemos uma família maravilhosa: tenho três filhos, oito netos e seis bisnetos. Quanto à relação familiar eu me sinto um homem muito, muito, muito feliz em função da minha esposa, com quem eu tive a felicidade de casar. Estou casado há 63 anos, ela é uma esposa maravilhosa, ela é artista plástica, ela criou praticamente e diretamente os filhos, porque eu não fui um pai excepcional, não fui um pai muito presente, em função de que sempre estava atrás de negociações, de empreendimentos e ela acabou criando-os maravilhosamente bem. Eu quando passeava com ela no parque, ela ficava me contando histórias da literatura, me cutucava e dizia: “Salomão eu te levo para coisas que você jamais imagina, para um outro mundo porque o teu mundo é um mundo empresarial”, e disse: “e essa é uma grande verdade”.

Guita e eu tivemos três filhos, minha primeira filha a Simone que trabalha conosco até o dia de hoje, o Davi Soifer, da mesma forma, a minha terceira filha, Susanne, ela é empresária, dona de vários cafés e nunca quis participar diretamente. A Simone teve três filhos maravilhosos, que é o André que trabalha hoje em São Paulo, diretor de uma empresa que era Telefônica, hoje é Vivo um diretor bastante inteligente,  temos o Ilan, com uma capacidade extraordinária e o Daniel outro grande executivo. O André teve quatro filhos, um deles é o Rafael e por esses dias estava embarcando para a Austrália, está com 15 anos, um guri excepcional e quer ir morar em Israel, é um bom rapaz que com 15 anos já quer ir para o mundo. O Nathan é que fala que quer se formar, em provavelmente quer ser médico, temos o terceiro que é o Roni que ainda não se definiu e o menor que é o Michel que é outro guri da é maravilhoso, moram em São Paulo, todos eles gente muito fina. Quanto ao Davi, ele teve dois filhos maravilhosos: a Liana e o Felipe, e ela me deu uma bisneta, a única bisnetinha minha, a qual chama-se Nina e a Suzi teve três filhos maravilhosos, a Nicole, a Giovana e o Guilherme. O meu segundo neto, o Ilan, nasceu logo depois do André, ele é um menino totalmente diferente, ele começou como DJ, apaixonado pela música, teve a felicidade de casar uma moça maravilhosa, a Letícia e tiveram um filho, que é meu bisneto, um loirinho maravilhoso chamado Arthur. Essa é a minha família.

Nasci em Curitiba, os meus pais chamam-se Davi Soifer e Aida Soifer, o meu avô chamava-se Salomão Soifer, porque nós descendentes de israelita utilizamos o nome de pai, avô e assim sucessivamente. O nome da minha avó era Ana, eles são da Bessarábia. Primeiramente o meu pai veio ao Brasil, já noivo da minha mãe para tentar vida, porque era uma época da guerra, muito difícil, então viria para trabalhar e depois mandar dinheiro para trazê-la. Minha mãe ficou morando na Bessarábia e assim meu pai conseguiu enviar dinheiro a ela que veio de navio ao Brasil.

Durante um ano moraram no Rio de Janeiro, depois mudaram-se pra Porto Alegre, onde nasceram meus dois irmãos, Jacó Soifer e a Maria Soifer e posteriormente vieram morar em Curitiba. Em 1940 meu pai morreu e eu tinha sete anos de idade, quando desejei um patinete, porém não tinha condições de comprar e comecei a pensar o que poderia fazer pra poder comprá-lo. Então resolvi ir a estação ferroviária, onde comecei a carregar as malas dos passageiros até o hotel, como carregador e assim recebia gorjetas. Minha irmã casou-se com o dono da relojoaria Progresso, onde ele me deu um emprego na área da contabilidade, depois me ensinou consertar relógios. Logo após abri meu próprio estabelecimento, uma joalheria.

Depois comecei meus estudos de Direito e a trabalhar em um escritório de advocacia. Em um determinado dia, um sujeito dono da metade de um terreno na Marechal Deodoro, cuja a outra metade era de herdeiros, onde tinha menores e veio com  o propósito de resolver o problema de eimpasse da venda do terreno,então consegui resolver tudo juridicamente e assim foi possível comprar o imóvel, onde construí um prédio e depois o vendi. Neste tempo conheci minha esposa atual, Guita, depois casamos, tivemos três filhos a Simone, o Davi e a Susane.

Fiz algumas sociedades em loteamento, porém em uma viagem a São Paulo entrei pela primeira vez em um shopping: o Iguatemi e fiquei encantado a ponto de desejar construir um em Curitiba. Corri atrás e consegui um terreno dos irmãos Mueller. Através de inúmeras negociações e financiamentos na Caixa Econômica Federal, a qual financiava apenas uma parte do valor, desta forma consegui construir o empreendimento desejado, o shopping Mueller, o qual foi um sucesso após sua inauguração. Anterior a construção do shopping, juntamente com meu cunhado, fizemos um hospital psiquiátrico na Vila Hauer, depois em São José os Pinhais, onde atualmente é o shopping São José.

Voltando um pouco no tempo, como gostava muito de cavalos, consegui um emprego em uma casa de apostas, a Casa Brasil, como trocador de cédulas. Depois fui trabalhar em uma revista de turfe, a Turfe em Marcha, onde transmitia as corridas de cavalos. Atualmente sou criador e tenho cocheiras no Tarumã.

Houve uma notícia que sairia uma licitação do terminal de Paranaguá; consegui comprar o edital e sem muita experiência em relação a licitações, entrei em contato com empresários que tinham mais experiência, porém quando comprei o edital era tarde, assim não teríamos tempo suficiente para obter a documentação para então poder participar da licitação. Foi quando nos informaram que o Doutor Mario Mader, ele não só tinha comprado o edital como ele estava preparando uma proposta para ser entregue em Paranaguá, pois faltavam poucos dias para encerrar a entrega das licitações.

Fui até o escritório do doutor Mario Mader, para saber a possibilidade da gente participar junto. Ele disse que não haveria problema algum, que estaria aberto e aceitaria a minha participação junto a eles. Ele me mostrou a documentação, havia um sócio de Santos, ele era o sócio majoritário, e havia sido elaborada uma proposta a ser entregue a uma importância ínfima e com aquela importância ele não iria ganhar. Tecnicamente ele tinha toda a documentação, mas o preço que ele estava colocando era um preço muito baixo. Eu disse a ele: vamos oferecer uma importância muito mais significativa, que nós teremos maiores possibilidades de ganhar, mesmo tendo assim resultados menores e desta forma tivemos a felicidade de ganhar.

Um dos sócios do Mueller, sugeriu que havia uma possibilidade de adquirir o shopping Rio Sul no Rio de Janeiro e assim o fizemos, assumindo uma responsabilidade que o antigo proprietário tinha para com a Caixa Econômica Federal, dando como garantia não só o Shopping Rio Sul, como demos o shopping Mueller de Curitiba, várias propriedades minhas,  para então garantir junto aos órgãos Federais e municipais o financiamento. Mas o mais importante que eu tenho que contar não é a respeito da parte empresarial, porque o Brasil é um país que tem muitas oportunidades, é só uma pessoa ter o discernimento de ir atrás que vai conseguir porque o país é maravilhoso.

Gostaria de dizer sobre uma das coisas mais apaixonantes, o haras, a respeito de um haras chamado Haras Springfield e como ele nasceu. Eu tenho tenho um amigo meu chamado Ataíde, veterinário ele era muito amigo meu e ele volta e meia vinha a Curitiba cuidar de vários haras e eu sempre perguntava para ele: “me diz uma coisa, o que que é preciso para ter um haras?”, e ele disse: “Salomão, é preciso ter terra, se não tiver terra não pode ter um haras”. E assim usamos foi passando o tempo, um determinado dia eu tava indo para Guaratuba onde nós tínhamos uma casa, eu fui de férias, eu fui ver a minha família e no caminho para a praia, em Tijucas do Sul tinha um anúncio e uma seta indicando “vende-se”, eu parei o carro entrei na fazenda e perguntei quem era o dono, me apontaram o dono, aí perguntei se tinha claro, o interesse de vender porque senão eu não saberia que queria vender, era uma leiteria e tinham lá poucas vacas, mas não tava indo bem e ele tava se mudando de Curitiba e queria vender. Eu acabei comprando a propriedade.

Posteriormente liguei para o meu amigo o seu Ataíde, perguntando para ele o que que é preciso para ter um Haras, ele disse: “Terras! Então meu amigo Salomão aqui comprou uma área, ah será que é boa, será que não é”. Então veio a Curitiba, se apaixonou pela terra, disse que faria um esforço para ser o meu sócio, como de fato foi. Vendeu propriedades dele também para poder suportar os embolsos, mas me fez uma exigência que queria fazer um haras empresa, onde nós iríamos fazer um haras para alojar animais de terceiros, éguas reprodutoras de terceiros e nós iríamos ter dez reprodutoras que é o que nós poderíamos ter. Eu concordei de imediato, mandamos fazer um projeto com arquiteto maravilhoso chamado Marcos Tomanik, é um arquiteto que já fez vários haras no Brasil, o haras ficou maravilhoso, o conceito do seu Ataíde era muito grande São Paulo e nós passamos a ter 60 pensionistas e 10 éguas da nossa propriedade.

Mas como o turfe é muito envolvente, é apaixonante, o Ataíde me telefonava no meio da noite e dizia: “olha quero te dizer que comprei mais duas éguas” e assim foi indo, o que aconteceu nós acabamos ficando com 60 reprodutoras e 10 animais de terceiros. Como o desembolso era muito grande eu tava vendo e lamentavelmente nós não teríamos condições de continuar, mesmo porque a inflação era muito grande e realmente o criador no Brasil ele é um sofredor, ele continua porque é teimoso, apesar de que realmente nos últimos anos o número da reprodutoras vem diminuindo assustadoramente, os criadores estão diminuindo e realmente é um ramo que só fica quem tem desprendimento e que ama muito o animal cavalo puro sangue que é o meu caso.

Aconteceu que nós acabamos vendendo, estava se tornando insuportável, o nome do haras era Mossoró e que eu não tinha mais posição nenhuma de continuar porque o prejuízo era muito grande. Achava eu, no meu modo de ver, que ele iria me fazer uma proposta e eu venderia para ele a minha participação. Como ele não fez proposta nenhuma, nós colocamos o imóvel para vender e não apareceu comprador nenhum. Com o decorrer do tempo, ele me ofereceu a parte dele, eu comprei a parte dele e acabei comprando um reprodutor nos Estados Unidos, um reprodutor muito bom, que teve muito sucesso e acabei investindo muito mais do que eu pensava, porque o turfe é uma coisa que está dentro das pessoas, é muito apaixonante. Por exemplo, um animal quando ganha, quem não é do ramo, a pessoa fica maluca: “olha como ele torceu, olha como ele vibrou!”. Então é apaixonante, porque você vê o animal nascer, sabe quem é o pai, sabe quem é a mãe, sabe qual é a descendência e é uma coisa que é indescritível o que sente um criador e proprietário de cavalo de corrida.

O mais importante da minha vida, eu até fico emocionado, é minha mulher chamada Guita Soifer, que aos 13 anos de idade eu olhei pra ela e disse: “vou casar com essa menina!” Acabei casando, fizemos uma família maravilhosa: tenho três filhos, oito netos e seis bisnetos. Quanto à relação familiar eu me sinto um homem muito, muito, muito feliz em função da minha esposa, com quem eu tive a felicidade de casar. Estou casado há 63 anos, ela é uma esposa maravilhosa, ela é artista plástica, ela criou praticamente e diretamente os filhos, porque eu não fui um pai excepcional, não fui um pai muito presente, em função de que sempre estava atrás de negociações, de empreendimentos e ela acabou criando-os maravilhosamente bem. Eu quando passeava com ela no parque, ela ficava me contando histórias da literatura, me cutucava e dizia: “Salomão eu te levo para coisas que você jamais imagina, para um outro mundo porque o teu mundo é um mundo empresarial”, e disse: “e essa é uma grande verdade”.

Guita e eu tivemos três filhos, minha primeira filha a Simone que trabalha conosco até o dia de hoje, o Davi Soifer, da mesma forma, a minha terceira filha, Susanne, ela é empresária, dona de vários cafés e nunca quis participar diretamente. A Simone teve três filhos maravilhosos, que é o André que trabalha hoje em São Paulo, diretor de uma empresa que era Telefônica, hoje é Vivo um diretor bastante inteligente,  temos o Ilan, com uma capacidade extraordinária e o Daniel outro grande executivo. O André teve quatro filhos, um deles é o Rafael e por esses dias estava embarcando para a Austrália, está com 15 anos, um guri excepcional e quer ir morar em Israel, é um bom rapaz que com 15 anos já quer ir para o mundo. O Nathan é que fala que quer se formar, em provavelmente quer ser médico, temos o terceiro que é o Roni que ainda não se definiu e o menor que é o Michel que é outro guri da é maravilhoso, moram em São Paulo, todos eles gente muito fina. Quanto ao Davi, ele teve dois filhos maravilhosos: a Liana e o Felipe, e ela me deu uma bisneta, a única bisnetinha minha, a qual chama-se Nina e a Suzi teve três filhos maravilhosos, a Nicole, a Giovana e o Guilherme. O meu segundo neto, o Ilan, nasceu logo depois do André, ele é um menino totalmente diferente, ele começou como DJ, apaixonado pela música, teve a felicidade de casar uma moça maravilhosa, a Letícia e tiveram um filho, que é meu bisneto, um loirinho maravilhoso chamado Arthur. Essa é a minha família.

Nasci em Curitiba, os meus pais chamam-se Davi Soifer e Aida Soifer, o meu avô chamava-se Salomão Soifer, porque nós descendentes de israelita utilizamos o nome de pai, avô e assim sucessivamente. O nome da minha avó era Ana, eles são da Bessarábia. Primeiramente o meu pai veio ao Brasil, já noivo da minha mãe para tentar vida, porque era uma época da guerra, muito difícil, então viria para trabalhar e depois mandar dinheiro para trazê-la. Minha mãe ficou morando na Bessarábia e assim meu pai conseguiu enviar dinheiro a ela que veio de navio ao Brasil.

Durante um ano moraram no Rio de Janeiro, depois mudaram-se pra Porto Alegre, onde nasceram meus dois irmãos, Jacó Soifer e a Maria Soifer e posteriormente vieram morar em Curitiba. Em 1940 meu pai morreu e eu tinha sete anos de idade, quando desejei um patinete, porém não tinha condições de comprar e comecei a pensar o que poderia fazer pra poder comprá-lo. Então resolvi ir a estação ferroviária, onde comecei a carregar as malas dos passageiros até o hotel, como carregador e assim recebia gorjetas. Minha irmã casou-se com o dono da relojoaria Progresso, onde ele me deu um emprego na área da contabilidade, depois me ensinou consertar relógios. Logo após abri meu próprio estabelecimento, uma joalheria.

Depois comecei meus estudos de Direito e a trabalhar em um escritório de advocacia. Em um determinado dia, um sujeito dono da metade de um terreno na Marechal Deodoro, cuja a outra metade era de herdeiros, onde tinha menores e veio com  o propósito de resolver o problema de eimpasse da venda do terreno,então consegui resolver tudo juridicamente e assim foi possível comprar o imóvel, onde construí um prédio e depois o vendi. Neste tempo conheci minha esposa atual, Guita, depois casamos, tivemos três filhos a Simone, o Davi e a Susane.

Fiz algumas sociedades em loteamento, porém em uma viagem a São Paulo entrei pela primeira vez em um shopping: o Iguatemi e fiquei encantado a ponto de desejar construir um em Curitiba. Corri atrás e consegui um terreno dos irmãos Mueller. Através de inúmeras negociações e financiamentos na Caixa Econômica Federal, a qual financiava apenas uma parte do valor, desta forma consegui construir o empreendimento desejado, o shopping Mueller, o qual foi um sucesso após sua inauguração. Anterior a construção do shopping, juntamente com meu cunhado, fizemos um hospital psiquiátrico na Vila Hauer, depois em São José os Pinhais, onde atualmente é o shopping São José.

Voltando um pouco no tempo, como gostava muito de cavalos, consegui um emprego em uma casa de apostas, a Casa Brasil, como trocador de cédulas. Depois fui trabalhar em uma revista de turfe, a Turfe em Marcha, onde transmitia as corridas de cavalos. Atualmente sou criador e tenho cocheiras no Tarumã.

Houve uma notícia que sairia uma licitação do terminal de Paranaguá; consegui comprar o edital e sem muita experiência em relação a licitações, entrei em contato com empresários que tinham mais experiência, porém quando comprei o edital era tarde, assim não teríamos tempo suficiente para obter a documentação para então poder participar da licitação. Foi quando nos informaram que o Doutor Mario Mader, ele não só tinha comprado o edital como ele estava preparando uma proposta para ser entregue em Paranaguá, pois faltavam poucos dias para encerrar a entrega das licitações.

Fui até o escritório do doutor Mario Mader, para saber a possibilidade da gente participar junto. Ele disse que não haveria problema algum, que estaria aberto e aceitaria a minha participação junto a eles. Ele me mostrou a documentação, havia um sócio de Santos, ele era o sócio majoritário, e havia sido elaborada uma proposta a ser entregue a uma importância ínfima e com aquela importância ele não iria ganhar. Tecnicamente ele tinha toda a documentação, mas o preço que ele estava colocando era um preço muito baixo. Eu disse a ele: vamos oferecer uma importância muito mais significativa, que nós teremos maiores possibilidades de ganhar, mesmo tendo assim resultados menores e desta forma tivemos a felicidade de ganhar.

Um dos sócios do Mueller, sugeriu que havia uma possibilidade de adquirir o shopping Rio Sul no Rio de Janeiro e assim o fizemos, assumindo uma responsabilidade que o antigo proprietário tinha para com a Caixa Econômica Federal, dando como garantia não só o Shopping Rio Sul, como demos o shopping Mueller de Curitiba, várias propriedades minhas,  para então garantir junto aos órgãos Federais e municipais o financiamento. Mas o mais importante que eu tenho que contar não é a respeito da parte empresarial, porque o Brasil é um país que tem muitas oportunidades, é só uma pessoa ter o discernimento de ir atrás que vai conseguir porque o país é maravilhoso.

Gostaria de dizer sobre uma das coisas mais apaixonantes, o haras, a respeito de um haras chamado Haras Springfield e como ele nasceu. Eu tenho tenho um amigo meu chamado Ataíde, veterinário ele era muito amigo meu e ele volta e meia vinha a Curitiba cuidar de vários haras e eu sempre perguntava para ele: “me diz uma coisa, o que que é preciso para ter um haras?”, e ele disse: “Salomão, é preciso ter terra, se não tiver terra não pode ter um haras”. E assim usamos foi passando o tempo, um determinado dia eu tava indo para Guaratuba onde nós tínhamos uma casa, eu fui de férias, eu fui ver a minha família e no caminho para a praia, em Tijucas do Sul tinha um anúncio e uma seta indicando “vende-se”, eu parei o carro entrei na fazenda e perguntei quem era o dono, me apontaram o dono, aí perguntei se tinha claro, o interesse de vender porque senão eu não saberia que queria vender, era uma leiteria e tinham lá poucas vacas, mas não tava indo bem e ele tava se mudando de Curitiba e queria vender. Eu acabei comprando a propriedade.

Posteriormente liguei para o meu amigo o seu Ataíde, perguntando para ele o que que é preciso para ter um Haras, ele disse: “Terras! Então meu amigo Salomão aqui comprou uma área, ah será que é boa, será que não é”. Então veio a Curitiba, se apaixonou pela terra, disse que faria um esforço para ser o meu sócio, como de fato foi. Vendeu propriedades dele também para poder suportar os embolsos, mas me fez uma exigência que queria fazer um haras empresa, onde nós iríamos fazer um haras para alojar animais de terceiros, éguas reprodutoras de terceiros e nós iríamos ter dez reprodutoras que é o que nós poderíamos ter. Eu concordei de imediato, mandamos fazer um projeto com arquiteto maravilhoso chamado Marcos Tomanik, é um arquiteto que já fez vários haras no Brasil, o haras ficou maravilhoso, o conceito do seu Ataíde era muito grande São Paulo e nós passamos a ter 60 pensionistas e 10 éguas da nossa propriedade.

Mas como o turfe é muito envolvente, é apaixonante, o Ataíde me telefonava no meio da noite e dizia: “olha quero te dizer que comprei mais duas éguas” e assim foi indo, o que aconteceu nós acabamos ficando com 60 reprodutoras e 10 animais de terceiros. Como o desembolso era muito grande eu tava vendo e lamentavelmente nós não teríamos condições de continuar, mesmo porque a inflação era muito grande e realmente o criador no Brasil ele é um sofredor, ele continua porque é teimoso, apesar de que realmente nos últimos anos o número da reprodutoras vem diminuindo assustadoramente, os criadores estão diminuindo e realmente é um ramo que só fica quem tem desprendimento e que ama muito o animal cavalo puro sangue que é o meu caso.

Aconteceu que nós acabamos vendendo, estava se tornando insuportável, o nome do haras era Mossoró e que eu não tinha mais posição nenhuma de continuar porque o prejuízo era muito grande. Achava eu, no meu modo de ver, que ele iria me fazer uma proposta e eu venderia para ele a minha participação. Como ele não fez proposta nenhuma, nós colocamos o imóvel para vender e não apareceu comprador nenhum. Com o decorrer do tempo, ele me ofereceu a parte dele, eu comprei a parte dele e acabei comprando um reprodutor nos Estados Unidos, um reprodutor muito bom, que teve muito sucesso e acabei investindo muito mais do que eu pensava, porque o turfe é uma coisa que está dentro das pessoas, é muito apaixonante. Por exemplo, um animal quando ganha, quem não é do ramo, a pessoa fica maluca: “olha como ele torceu, olha como ele vibrou!”. Então é apaixonante, porque você vê o animal nascer, sabe quem é o pai, sabe quem é a mãe, sabe qual é a descendência e é uma coisa que é indescritível o que sente um criador e proprietário de cavalo de corrida.

O mais importante da minha vida, eu até fico emocionado, é minha mulher chamada Guita Soifer, que aos 13 anos de idade eu olhei pra ela e disse: “vou casar com essa menina!” Acabei casando, fizemos uma família maravilhosa: tenho três filhos, oito netos e seis bisnetos. Quanto à relação familiar eu me sinto um homem muito, muito, muito feliz em função da minha esposa, com quem eu tive a felicidade de casar. Estou casado há 63 anos, ela é uma esposa maravilhosa, ela é artista plástica, ela criou praticamente e diretamente os filhos, porque eu não fui um pai excepcional, não fui um pai muito presente, em função de que sempre estava atrás de negociações, de empreendimentos e ela acabou criando-os maravilhosamente bem. Eu quando passeava com ela no parque, ela ficava me contando histórias da literatura, me cutucava e dizia: “Salomão eu te levo para coisas que você jamais imagina, para um outro mundo porque o teu mundo é um mundo empresarial”, e disse: “e essa é uma grande verdade”.

Guita e eu tivemos três filhos, minha primeira filha a Simone que trabalha conosco até o dia de hoje, o Davi Soifer, da mesma forma, a minha terceira filha, Susanne, ela é empresária, dona de vários cafés e nunca quis participar diretamente. A Simone teve três filhos maravilhosos, que é o André que trabalha hoje em São Paulo, diretor de uma empresa que era Telefônica, hoje é Vivo um diretor bastante inteligente,  temos o Ilan, com uma capacidade extraordinária e o Daniel outro grande executivo. O André teve quatro filhos, um deles é o Rafael e por esses dias estava embarcando para a Austrália, está com 15 anos, um guri excepcional e quer ir morar em Israel, é um bom rapaz que com 15 anos já quer ir para o mundo. O Nathan é que fala que quer se formar, em provavelmente quer ser médico, temos o terceiro que é o Roni que ainda não se definiu e o menor que é o Michel que é outro guri da é maravilhoso, moram em São Paulo, todos eles gente muito fina. Quanto ao Davi, ele teve dois filhos maravilhosos: a Liana e o Felipe, e ela me deu uma bisneta, a única bisnetinha minha, a qual chama-se Nina e a Suzi teve três filhos maravilhosos, a Nicole, a Giovana e o Guilherme. O meu segundo neto, o Ilan, nasceu logo depois do André, ele é um menino totalmente diferente, ele começou como DJ, apaixonado pela música, teve a felicidade de casar uma moça maravilhosa, a Letícia e tiveram um filho, que é meu bisneto, um loirinho maravilhoso chamado Arthur. Essa é a minha família.

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