Dom Pedro Antônio Marchetti Fedalto (2016) Educação – Campo Largo – Paraná

Minha Família – É italiana. Meu tataravô Giacinto (Jacinto) Fedalto nascido, a 17 de agosto de 1818, com a esposa Maria Selva, partiu de Gênova, em novembro de 1877. Vinha com ele o filho único Giuseppe (José) o patriarca da família Fedalto, no Brasil, nascido a 9 de maio de 1845, com a esposa Angela Calzavara, tendo quatro filhos: Pietro (Pedro), meu avô com 7 anos, Luigi (Luiz) com 5 anos, Giacinto (Jacinto) com 3 anos e Giácomo (Jacob), com 1 ano.
O governo do Estado do Paraná colocou-os em Timbituva, hoje Colônia Antônio Rebouças, Município de Campo Largo, a 11 de setembro de 1878, em homenagem ao engenheiro baiano Antônio Rebouças, recebendo cada família (tataravô e bisavô) 100.000 m² de terreno, mais ou menos 4 alqueires, para a agricultura.
Meu tataravô morreu, a 12 de dezembro do mesmo ano, 1878, três meses depois, com 60 anos, sepultado em Campo Largo, após as exéquias do pároco Padre Antônio Machado.
Meu bisavô teve mais dois filhos no Brasil, Antônio e João e quatro filhas, Lúcia, Maria, Catarina e Luiza. Faleceu, a 8 de outubro de 1900, com 55 anos. O jornal da Diocese de Curitiba, “A Estrella” louvou-o por ser modelo na educação dos filhos e na religião, membro da Comissão da Capela, ajudando a construção da mesma, inaugurada, a 6 de agosto de 1888.
Meu avô teve seis filhos, casado com Ana Lovato, sendo meu pai Giácomo (Jacob), nascido, a 9 de fevereiro de 1904. Casou-se com Corona Marchetti, nascida na vila Marqueto, Campo Comprido, a 21 de janeiro de 1901, tendo sete filhos, sendo eu o mais velho.
Nasci a 11 de agosto de 1926. Fui batizado, a 29 seguinte, na Capela da Colônia Antônio Rebouças, pelo Padre Natal Pigato, falecido em seguida, a 11 de setembro, com fama de santidade. Era o dia da festa de Nossa Senhora de Monte Bérico.
Quem me crismou, a 9 de outubro de 1932, foi o primeiro Arcebispo de Curitiba, Dom João Francisco Braga, o Arcebispo diplomata.
Fiz a primeira Comunhão Eucarística, a 10 de janeiro de 1937, com o Padre João Morelli, pároco de Rondinha, Campo Largo.
Toda minha família foi e é católica praticante, havendo na família Lovato quatro padres: Frei João Daniel Lovato, capuchinho, Pe. Fernando Costa, passionista, os dois irmãos Padres Arcie, de São João Batista Precursor e 13 religiosas e da família Fedalto: Pe. Aroldo Kohler e Irmão Paulo, passionista.
Meus irmãos e sobrinhos foram e são membros atuantes nas comissões de paróquias, capelas e pastorais.
Família de Jacob Fedalto e Corona Marchetti. Pais: 2, filhos 7, 1 cunhado e 4 cunhadas, netos 15. Casados: 15, bisnetos: 22 e tataranetos: 6. Total: 72. Vivos 63, mortos 9.
Escola. Nos meus primeiros anos, estudei na escola da Colônia Antônio Rebouças, construída por seus fundadores, com o professor Luiz Lorenzi, modelo de educador.
Vocação Sacerdotal. A vocação ao sacerdócio é dom de Deus, também fruto da família e de outros. Devo minha vocação ao professor Luiz Lorenzi, convidando-me a entrar no Seminário, no fim de uma aula, no fim do ano de 1939, com as palavras: “Você vai para o Seminário!”. Aliás, são sete seus alunos: Dom Agostinho Marochi e os dois Irmãos Maristas, irmãos Firmino e Armando Bonato de Rebouças, Monsenhor Camilo Ferrarini e Pe. Antônio Costa, de Colombo e Frei Eugênio Nichele, Capuchinho, Umbará, Curitiba, porque foi professor nestes lugares.
Um fato inédito na missa do centenário de nascimento do professor Luiz Lorenzi, rezada na Capela de Antônio Rebouças, a 28 de agosto de 1983, com a presença dos sete alunos, dando seu depoimento positivo.
Seminários. Ingressei no Seminário São José, de Curitiba, fundado, a 19 de março de 1896, onde permaneci sete anos, de 2 de fevereiro de 1940 a 30 de novembro de 1946.
Meus professores eram os Padres Lazaristas da Congregação da Missão, hoje denominados Vicentinos, todos de Minas Gerais, educadores exemplares.
Três colegas da turma perseveraram: Dom Albano Cavallin, Monsenhores Ivo Zanlorenzi e João Augusto Sobrinho e mais dois que se integraram na turma: Dom Agostinho Marochi e Monsenhor Francisco Gorski.
Cursei Filosofia e Teologia no Seminário Central da Imaculada Conceição do Ipiranga, São Paulo, fundado em 19-03-1934. Os professores distinguiram-se por sua piedade e cultura. Seis foram nomeados Bispos: D. Manoel Pedro da Cunha Cintra, de Petrópolis e D. Vicente Marchetti Zioni, de Botucatu, reitores e os professores D. José Varani, de Jaboticabal, SP., D. Antônio Alves Siqueira, de Campinas, SP., D. Tomás Vaqueiro, S. João da Boa Vista, SP., D. José Fernandes Veloso, de Petrópolis, RJ.
A formação era tão profunda que os sacerdotes se distinguiam na Igreja, na piedade, cultura e atendimento pastoral. Meu tempo de seminário, 14 ficaram Bispos, sendo cinco da minha turma: D. Albano Cavallin, de Londrina. D. Agostinho Marochi, de Presidente Prudente, SP., D. Rubens Espinola Souza, Paranavaí, Pr. e D. José Castanho de Almeida, de Araçatuba, SP.
Ordenação Presbiteral. Fui ordenado presbítero, na Catedral de Curitiba, a 6 de dezembro de 1953, pelo Arcebispo D. Manuel da Silveira D’Elboux, com mais cinco colegas já citados. É um verdadeiro dom de Deus ser sacerdote.
Missa Solene. No dia 8 de dezembro seguinte, festa da Imaculada Conceição, a primeira missa solene na Capela de meu batismo, Antônio Rebouças, na mesma manhã também a de D. Agostinho Marochi. Foi o maior acontecimento naquela comunidade, parentes, vindos de longe e um número incontável de fiéis.
Foi um dia de ação de graças a Deus, a Nossa Senhora do Carmo, de alegria mútua, ordenandos, pais, familiares, amigos, conhecidos e tantos outros.
Mistérios pastorais. A pergunta que me fazia e outros: “qual vai ser o ministério pastoral?” O ministério essencial do padre é: ser mestre da Palavra de Deus, evangelizador, santificador pela oração e administração dos Sacramentos, sobretudo a missa e ser bom pastor a serviço de todos sem distinção de ricos e pobres, mas especialmente destes, dos doentes.
Qual foi minha surpresa, 40 dias depois da ordenação, morar com o Arcebispo. Imediatamente fui apresentar-me. O Arcebispo acolheu-me com tanto carinho de pai e mãe, dizendo-me: “Venha morar comigo para fazer-me companhia e ajudar-me”. Não recebi nenhum cargo, função.
Pouco tempo depois, fui nomeado Capelão do Colégio das Irmãs da Divina Providência com 14 freiras e mais de 500 alunas, com missa diária e confissões na primeira sexta feira.
“Como poderei confessar tantas alunas?” Servir-me de três colegas: Padres Albano Cavallin, da Catedral; Agostinho Marochi, de S. Francisco de Paula e Ivo Zanlorenzi, Santa Terezinha.
Logo em seguida, fui nomeado Diretor Espiritual da Cruzada Eucarística.
Passados mais três meses, “você será o Chanceler da Cúria Metropolitana”. “Tenho competência? “O Espírito Santo o iluminará”, disse-me o Arcebispo.
“E no sábado e domingo, o que vou fazer?” Foi criada a paróquia do Espírito Santo, na rua Mateus Leme, confiada ao Pe. Oswaldo Guilherme Neumann, meu contemporâneo seminarista, um ano à minha frente.
Por doze anos, todos os sábados à tarde atendia confissões e domingo, rezava missa cedo e confessava. Vantagem: era perto, pois a casa episcopal era na mesma rua. Ia a pé, de ônibus ou alguém me buscava.
Realizei-me nestas funções, sobretudo, como Chanceler no contato com os padres e nas minhas pesquisas históricas, pois a Cúria é fonte. Cheguei a escrever um livro: “A Arquidiocese de Curitiba na sua História”.
Morar com o Arcebispo, santo e carinhoso, foi a maior escola. Aprendi a ser padre e bispo. Devo a minha maior gratidão a Dom Manuel. Se sou o que sou: devo a Dom Manuel, depois de Deus.
Seminário Maior Rainha dos Apóstolos. No início de 1957, o Arcebispo Dom Manuel abriu o Seminário Maior Rainha dos Apóstolos. Fui incluído entre os formadores com os colegas de turma Padres Albano Cavallin, Agostinho Marochi e Ivo Zanlorenzi.
O Arcebispo nomeou-me Diretor Espiritual e professor de duas disciplinas. Continuei em 1957, como Chanceler, desligando-me em 1958. No ano de 1959, Dom Jerônimo Mazarotto, Bispo Auxiliar de Curitiba e Vigário Geral, exigiu de Dom Manuel minha volta para Chanceler.
VIIº Congresso Eucarístico Nacional em Curitiba, 1960. De 5 a 8 de maio de 1960, realizou-se o VIIº Congresso Eucarístico Nacional em Curitiba. O Arcebispo incluiu-me na Comissão do Congresso. Trabalhei muito na preparação e no próprio Congresso. Tive que ir a Caxias do Sul, RS, para adquirir 200 cálices e Porto Alegre 200 casulas. Coordenei a construção de 200 altares de madeira para as missas, a confecção de todas as alfaias dos altares: toalhas, corporais, palas, sanguíneos, manustérgios, mais de 600. Foi uma função de muito cansaço, mas de profunda fé.
VIIª Cruzada do Rosário em Família. A Cruzada do Rosário em Família foi fundada pelo Pe. Patrick Peyton em 1948, Canadá, com a finalidade de unir as famílias com o slogam: “A FAMÍLIA QUE REZA UNIDA, PERMANECE UNIDA”.
A Cruzada percorreu 45 países, realizada em 316 dioceses, comprometendo-se a recitar o Rosário 16.000.000 (dezesseis milhões).
Dom Manuel determinou que em Curitiba seria realizada a VIIª Cruzada do Rosário em Família de agosto a dezembro de 1964. Para isto, vieram a Curitiba dois sacerdotes e seis missionárias.
Fui incumbido de providenciar uma sede para a hospedagem da equipe, telefones, viaturas. Foram preparados 1.300 líderes, visitando 735 estabelecimentos: paróquias, escolas, hospitais, asilos etc., etc. A grande concentração foi a 20 de dezembro de 1964, reunindo 350.000 pessoas no Centro Cívico com a presença do Pe. Peyton, que desceu de helicóptero.
De início de agosto até 20 de dezembro, só me ocupei com a VIIª Cruzada do Rosário em Família, num trabalho intenso, cansativo e esgotante. Foi uma das maiores graças de Deus para a Arquidiocese de Curitiba, para a Pastoral Familiar e para mim.
O ano de 1965 foi de repouso, inclusive com cinco meses nos Estados Unidos, Europa, Terra Santa, Roma, na 4ª sessão do Concílio Vaticano II, participando de sessões e encerramento.
O que aconteceu em 1966? Fui nomeado Bispo Auxiliar de Curitiba, a 28 de maio de 1966, ordenado, a 28 de agosto seguinte.
Como Bispo Auxiliar, preguei, santifiquei, vivi, no meio do povo como Bom Pastor.
Uma surpresa em 1969. O Núncio Apostólico Dom Sebastiano Bággio chamou-me ao Rio de Janeiro para dizer-me que era candidato à Diocese de Palmas, Paraná, devendo guardar absoluto segredo até a divulgação.
O Núncio foi nomeado Cardeal e transferido para Roma.
Foi nomeado Núncio Dom Umberto Mozzoni. Na Assembléia da CNBB, em julho de 1969, em São Paulo, no Seminário Central da Imaculada Conceição, Ipiranga, chamou o Arcebispo Dom Manuel e disse-lhe que eu pedi para sair de Curitiba. Dom Manuel reagiu fortemente e veio contar-me isto. “Dom Manuel, juro que não pedi para sair. Vá falar com o Núncio”. Apresentei-me a ele. Disse-me imediatamente: “Fique em Curitiba como Auxiliar”.
Morte de Dom Manuel. Passados seis meses, morre repentinamente Dom Manuel, a 5 de fevereiro de 1970. Chorei profundamente, pois vivi 10 anos com ele. Dois dias depois, os Consultores nomearam-me Administrador Arquidiocesano. Por obediência, aceitei.
Nova surpresa. A 20 de dezembro de 1970, enviei uma carta a todos os padres, felicitando-os pelas festas de Natal e Ano Novo.
Na carta, dizia-lhes: “Aceitem o novo Arcebispo. Será o melhor que o Espírito Santo enviará à Arquidiocese”. Escrevia isto, com toda a sinceridade e humildade. O que aconteceu? Três dias depois, recebi um telefonema do Núncio, comunicando-me que o Papa Paulo VI me nomeou Arcebispo de Curitiba. Não queria aceitar. Disse: “SIM, na obediência e fé”.
Tomei posse, a 28 de fevereiro de 1971, homenageando Dom Manuel que aniversariava neste dia.
Como procurei agir? Em primeiro lugar, confirmei todos em seus ministérios. Somente aceitei a demissão dos que pediram explicitamente.
Bispos Auxiliares. Logo pedi o primeiro Bispo Auxiliar. Foi imediatamente nomeado: D. José Joaquim Gonçalvez, de 1971 – 1973, que fora Bispo de Vitória, Espírito Santo, de 1951 – 1957, de todo o Estado e Auxiliar de Rio Preto, de 1957 a 1968. Desde 1968, encontrava-se em Curitiba, aceito por D. Manuel da Silveira D’Elboux, que fora seu Reitor no Seminário Central da Imaculada Conceição, São Paulo.
Os outros Bispos Auxiliares: Albano Cavallin, 1973 – 1986, colega de turma nos Seminários, D. Domingos Gabriel Wisniewski, vicentino, 1975 – 1979, D. Ladislau Biernaski, vicentino, 1979 a 2004, D. Moacyr José Vitti, estigmatino, 1988 – 2002, D. Sérgio Arthur Braschi, 1998 – 2003.
Foram Bispos irmãos, amigos sempre e unidos em tudo.
Procurei estar sempre presente nas Assembléias anuais da Arquidiocese, nas dos Setores, nas Visitas Pastorais prolongadas, visitando as escolas, creches, hospitais e participando das reuniões das pastorais, associações, movimentos e atendimentos pessoais na Cúria e Arcebispado e telefones. Criei 76 paróquias, convidei novas Congregações: 25 masculinas e 50 femininas, ordenei 168 sacerdotes, fiz 239 Visitas Pastorais.
Missões Populares. Em 1975, foram realizadas Missões Populares, pelos Missionários Redentoristas, periodicamente, em todas as paróquias da cidade de Curitiba. Bendito seja Deus pelo bem espiritual destas Missões.
Visita ad Limina. De 7 a 20 de abril de 1975, fiz a Iª Visita ad Limina ao Papa São Paulo VI, que me nomeou Bispo e Arcebispo. Tive a alegria da audiência com o Papa.
Sínodo. Para preparar o centenário da Diocese de Curitiba, foi promovido o Iº Sínodo Arquidiocesano, desde 1978, só concluído em 1994. Foi longo com assembléias, pesquisas, diálogos, reflexões, terminando com diretrizes pastorais apropriadas e bem aceitas, colocando-as em prática.
A grande graça de 1980: a visita do Papa S. João Paulo II, a Curitiba. O que aconteceu de original na visita do Papa. Os Arcebispos, que receberiam a Iª visita do Papa S. João Paulo II, foram convidados para a reunião, no Sumaré, Rio de Janeiro, pelo Núncio Apostólico Cármine Rocco.
Na reunião, propus que o Papa permanecesse em Curitiba um dia.
Sugeri que a visita a Curitiba não fosse, a 4 de julho, mas 5 e que o Papa fosse de São Paulo a Porto Alegre e de Porto Alegre a Curitiba no dia cinco de julho, porque de Curitiba o Papa iria a Salvador, Bahia. Se houvesse algum atraso de Curitiba a Salvador, ganhar-se-ia bom tempo.
Fui atendido. Mas aconteceu na noite um sacrifício no Sumaré. Pus a cadeira na sacada do quarto com o Breviário, Liturgia das Horas e Diário. Fechei a janela. Ela não abre de fora. Passei a noite inteira sem dormir. Valeu o sacrifício. Se o Papa chegasse, sexta-feira, dia 4 choveu. Fui avisado que o Papa viria a Curitiba no sábado à tarde e domingo, 5 e 6 de julho de 1980.
Para isto, escolhi a igreja dos Poloneses, Santo Estanislau. O pároco preparou-se. Mandou colocar vitrais apropriados para isto. Na visita de Monsenhor Markincus à igreja de Santo Estanislau, achou que o Papa ficaria desiludido, pois a igreja não chega a comportar mil pessoas. Com Monsenhor Markincus, fui pedir ao Clube Coritiba que oferecesse o estádio, sendo aceita a proposta na hora.
O Papa esteve em Curitiba, de 5 a 6 de julho, de 1980, com um tempo maravilhoso. No sábado, a Comunidade polonesa ofereceu espetacular Show no estádio do Clube Coritiba.
O jantar foi no salão da Cúria com a comitiva papal e convidados, chegando a 80 pessoas. No domingo, às 8:00 horas, Missa no Centro Cívico, com a participação de um milhão de pessoas. Isso foi a grande graça da Visita do Papa.
Santuário de Nossa Senhora do Equilíbrio, 1995. O Papa São João II, no dia 19 de setembro de 1968, ao receber em audiência o monge Armando Pannniello com uma efígie de Nossa Senhora exclamou: “Santa Maria do Equilíbrio. Ah, justamente é aquele título de que precisamos. Não existe data para festejá-la, porque é invocada de manhã e à noite todo dia”.Esta efígie está na Abadia de Frattocchie, Roma.
No dia de chuva, 25 de outubro de 1998, na presença dos Bispos Auxiliares, Dom Moacyr José Vitti e Dom Sérgio Arthur Braschi, do Reitor do Seminário São José, Pe. Celso Antônio Marchiori, atual Bispo de São dos Pinhais, de seminaristas, de religiosos, numerosos leigos benzi a Pedra Fundamental do atual Santuário de Nossa Senhora do Equilíbrio, abençoado e elevado a santuário por Dom Moacyr José Vitti, confiado a Monsenhor Francisco Fabris, como seu Reitor.
Crisma Comunitária – 1998. No dia 29 de novembro de 1998, foram crismados 12.353, com mais de 70.000 pessoas presentes, por mim, os Bispos Auxiliares D. Moacyr José Vitti, Ladislau Biernaski, Sérgio Arthur Braschi e muitos sacerdotes, párocos, vigários e outros, no Pinheirão, no ano de Espírito Santo, em preparação ao Novo Milênio 2.000. A crisma foi muito preparada pela equipe de catequese. Foi o ponto do Ano Santo do Espírito Santo.
Renúncia – 2004. Em 2001, ia completar 75 anos. Fiz meu pedido para minha renúncia, colocando-me à disposição do Santo Padre, sem acrescentar mais nada.
Foram-me concedidos mais três anos. Foi verdadeira graça de Deus, continuando a Residência Arquiepiscopal, porque seria a maior humilhação de minha vida, estando no começo a construção.
Outra graça foi a construção do Cenáculo dos Adoradores na igreja da Adoração Perpétua, igreja da Ordem IIIª de Franciscana, ainda nos alicerces.
A terceira graça foi a ordenação do último sacerdote diocesano, completando o número 82, Pe. Jonacir Francisco Alessi, vizinho da minha família, atribuindo a mim sua vocação.
Embora no meu governo de Arcebispo, fosse construída a casa para sacerdotes anciãos e doentes, pedi para morar no Seminário São José.
Fui muito bem acolhido pelos Reitores Pe. Celso Antônio Marchiori, hoje Bispo de S. José dos Pinhais, Fabiano Dias Pinto e Régis Soczek Bandil. Sinto-me bem com Monsenhor Francisco Fabris, residindo 52 anos, do Seminário, com Pe. Fernando Pieretto, as Irmãs Franciscanas da Sagrada Família de Maria, seminaristas, professores e funcionários.
No seminário São José sou o responsável pela parte espiritual, na segunda feira, na Oração da Manhã (Laudes), nas Bênçãos antes das refeições, Confissões, Missa e Vésperas, Completas (Oração da Noite) e semanalmente aula de Boas Maneiras (civilidade e educação).
No Seminário Propedêutico, S. João Maria Vianney, dou duas aulas semanais sobre a “História da Igreja no Paraná” e no Seminário Filosófico Bom Pastor, celebro missa semanal.
Na Comunidade de Antônio Rebouças, minha terra natal, rezo missa no 1º domingo do mês. Atendo aos pedidos de missas nas paróquias e capelas, colégios e hospitais, visitas a doentes e exéquias, visitas e telefones.
Meus sucessores. Sou profundamente grato a meus sucessores Dom Moacyr José Vitti, meu Bispo Auxiliar por 14 anos e Arcebispo de Curitiba, de 2004 a 2010, de saudosa memória, e a Dom José Antônio Peruzzo, que estudou no Seminário S. José, de 1976 a 1978 e interno no Seminário Rainha dos Apóstolos de 1979 a 1985. Foi nomeado Arcebispo de Curitiba, a 07 de janeiro de 2015 e empossado a 19 de março seguinte. Causou-me muita alegria de ser ele o Arcebispo de Curitiba. É meu irmão e amigo.
Para concluir, manifesto profundo agradecimento ao Irmão Marista Clemente Ivo Juliatto que me apoiou plenamente o projeto do jornalista Luiz Renato Ribas e m’o comunicou.
Aliás, devo muita gratidão ao Irmão Clemente, conferindo-me o título de “Doutor Honoris Causa” na Pontifícia Universidade Católica do Paraná.
Igualmente, confesso-me grato ao jornalista Luiz Renato Ribas por incluir-me entre os homenageados na obra de sua autoria “Memórias Paraná”.
Que o bom Deus recompense o Irmão Clemente Ivo Juliatto e o Jornalista Luiz Renato Ribas com bênçãos celestiais por toda sua vida.
Ao Senhor Deus Pai, a seu Filho Jesus Cristo e ao Espírito Santo rendo minhas ações de graças por todo que deles recebi na vida.
Continuo consagrado à minha Mãe, a Nossa Senhora do Carmo, que sempre me acompanhou e protegeu, com uma filial devoção mariana.

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