João Jacob Mehl (2015) Comércio – Curitiba – Paraná

Sou brasileiro, curitiboca, nasci aqui nessa cidade maravilhosa, no dia 12 de outubro de 1944, na Rua Carlos Carvalho. Quem fez o parto na Dona Dib foi a Dona Shela, parteira famosa.

         E esse 12 de outubro é maravilhoso, porque foi quando em  1492 Cristóvão Colombo descobriu a América, é o dia da criança, é o dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. E desde 92 é feriado nacional. O Cristo Redentor foi inaugurado em 12 de outubro. E 12 de outubro é o dia da fundação do clube do meu coração que é o Coritiba Futebol Clube.

        Estudei primeiramente no grupo Rio Branco, ali na Brigadeiro Franco, depois fui pro Bom Jesus, do Bom Jesus fui pro internato do Paranaense. Reprovei dois anos seguidos e meu pai me colocou interno no Paranaense. Fiz Direito, depois me formei em administração também. Nesse período de faculdade, fui presidente do Diretório Hugo Simas, da Faculdade de Direito de Curitiba. Tenho orgulho de ter sido orador da minha turma, com o Cine Vitória lotado na época.

        Depois fui pro Coritiba. Eu era turfista na verdade, porque meu pai Leopoldo era criador de cavalo de corrida. Em 1965 eu tinha um programa de turfe na rádio Marumbi, 65/66 e em 67 fui pra Tingui, mas não fiquei muito tempo. Nesse ano de 65 eu fui campeão dos cronistas de turfe, na disputa de palpites do concurso”Carlos Dietzsch”.Tenho um troféu muito bonito na minha casa, uma premiação que eu me orgulho muito.

        E daí, tinha um timinho de pelada, e me dava muito bem, o Munir Calluf era meu padrinho, aliás, o pai do Munir Calluf veio da Síria junto com meu avô, vieram no mesmo navio. Então tinha uma proximidade muito grande com o Munir. O Munir foi cuidar do futebol profissional do Coritiba em 67 e me levou pra cuidar do amador, do Coritiba, antes do Evangelino Costa Neto que foi o maior presidente da história do Coritiba. Tenho orgulho de dizer que fiz bastante pelo Coritiba.

        O centro de treinamento, quem comprou fui eu, o terreno da Floriano Essenfelder, que é a saída dos fundos do Couto Pereira, quem comprou fui eu. Foi na minha gestão que foram construídos os campos, os vestiários, a piscina do centro de treinamento. Pastilhei o estádio inteiro, fiz um acesso para o ônibus do visitante. Uma vez, numa das reuniões do Clube dos Treze, alguém me disse assim que não viria mais a Curitiba por causa da vergonha que ele passava na descida do ônibus do visitante, passar no meio da nossa torcida. Então foi a primeira coisa que fiz chegando a Curitiba, foi fazer um acesso para o ônibus do visitante, entrar e sair com segurança do Couto Pereira, mínimo de civilidade né?

         Fui também diretor da Abrasel e seu fundador. E não fui o primeiro presidente, porque entreguei para uma outra pessoa tocar. Tava envolvido com o Coritiba. Tinha fundado já anteriormente uma outra associação, a Associação Paranaense dos Proprietários de Restaurantes, APRES e da ABH.

        E quando me formei em Direito, montei uma banca de advocacia por quatro anos em cima da Confeitaria Iguaçu, no Edifício Arthur Hauer. E ao meu lado tinha o escritório do Jaime Lerner. E quando o Haroldo Leon Peres, que tinha escritório no último andar do edifício, foi pro Governo do Estado, ele levou o Jaime para a Prefeitura. E eu fui com o Jaime para a Prefeitura, ajudando na implantação da Fundação Cultural de Curitiba, onde fiquei três anos e pouco.

         E daí voltei, porque a família precisava do meu trabalho na Iguaçu. Tive de fechar o escritório de advocacia, porque não dava conta de tudo, eu disse:”Eu vou fazer meu sangue árabe funcionar né, que é o sangue de comerciante”. Montei a Iguaçu da Emiliano, e compramos o terreno e começamos a construir o Buffet Ilha do Mehl. E o Buffet Ilha do Mehl foi um sucesso já no primeiro ano. E em poucos meses nós já estávamos atendendo festas no interior do Paraná, no interior de Santa Catarina, de São Paulo. Atendemos quase 150 municípios nesse Brasil afora, e foi um sucesso. O sucesso nos proporcionou adquirir dois hotéis né, não como proprietário, mas como arrendatário.

          Fiquei no Coritiba, na minha primeira fase com o Munir, quatro anos, e depois fui pra oposição durante um bom tempo, só como conselheiro. Depois fizemos uma composição com o Bayard na presidência e eu fiquei na vice. Quando o Bayard Osnasaiu, me deixou na presidência, dois anos, e daí entreguei pro Evangelino de volta. O Evangelino não aguentou, ficou um ano e pouco, teve que chamar o triunvirato, que era o Sérgio Prosdócimo, o Edison Mauad e o Joel Malucelli. Eles me chamaram para cuidar do futebol.  Passei pela secretaria de finanças, passei pela própria secretaria, pelo futebol amador, fiz de tudo no Coritiba nos últimos 20 anos. Acabei presidente novamente, me orgulho de ter sido o único presidente na história que ganhou os quatro títulos no ano. Então eu tenho orgulho de ter deixado uma marca no Coritiba, principalmente patrimonial né.

               Eu sou casado duas vezes. Com a minha primeira mulher, Ines, fiquei casado com ela 12 anos, tive três filhas. Depois me separei com 12 anos e um ano e meio depois casei de novo, com uma mulher muito bonita, muito linda e que faleceu há 10 anos, Maria Luiza. Pegou um câncer na cabeça e em sete meses eu perdi uma mulher maravilhosa, que eu vivi com ela 24 anos, e ela morreu com 44 anos.

           Ela também me deu duas filhas. Então eu tenho três filhas do primeiro casamento, a mais velha a Clarice é casada com Gralak, e me deu duas netas lindas. A segunda filha Susana, casada com Marcelo, me deu uma neta, a Bruna. E a Raquel, filha número três, que me deu o único neto que eu tenho né, que é o Eduardo, Dudu. Depois as duas filhas do segundo casamento, Ana Luisa e a Luisa Helena. Ana Luísa casou e me deu mais uma neta, a Paola, maravilhosa.

                Tínhamos um grupo de colecionadores, amigos jornalistas, pessoas da sociedade, eu colecionava cardápios que chegou a 1.400 do mundo inteiro. Hoje ainda tenho um grupo de peladas com quase 40 anos ininterruptos que semanalmente jogamos em minha chácara.

                       E na minha vida hoje eu me dedico ao Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes de Curitiba, do qual fui vice presidente do Marco Antonio Fatuch e depois seu presidente que acabou me dando uma cadeira no Conselho de Urbanismo de Curitiba. Essa visibilidade do sindicato acabou me dando uma cadeira no Conselho de Urbanismo de Curitiba e a vice presidência do Conselho Estadual de Turismo e integrante da Federação Nacional de Turismo. Temos feito um trabalho interessante.

                  Fui também diretor e fundador da Abrasel, que hoje é uma entidade maravilhosa, representativa, é uma entidade nacional né, também tive o prazer de presidir. Tinha fundado já anteriormente uma outra associação, a Associação Paranaense dos Proprietários de Restaurantes, APRES. E já era diretor também do Sindicato de Hotéis, como fui diretor da ABH. E daí voltei, porque a família precisava do meu trabalho na Iguaçu e foi aí que tentei desenvolver alguma coisa.

                       Já que não vou ficar trabalhando na Prefeitura, e tive que fechar o escritório de advocacia, porque não dava conta de tudo, eu disse. Eu fazer meu sangue árabe funcionar, né que é o sangue do negociante. Montei a Iguaçu da Emiliano, e compramos um terreno e começamos a construir o buffet Ilha do Mehl.

                 E já em poucos meses já estávamos atendendo festas no interior do Paraná, no interior de Santa Catarina, de São Paulo. Atendemos quase 150 municipios nesse Brasil afora e foi um sucesso. O sucesso nos proporcionou adquirir dois hotéis né, não como proprietário, mas como arrendatário.

                 A minha vida hoje eu medico no Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes de Curitiba, como vice presidente e, mais tarde, eleito presidente. Essa visibilidade do sindicato acabou me dando uma cadeira no Conselho de Urbanismo de Curitiba e avice presidência do Conselho Estadual de Turismo e integrante da Federação Nacional de Turismo. Temos feito um trabalho interessante. O apoio que nós damos permanentemente à ABH, que é Associação Brasileira de Indústria e Hotéis, que tive o prazer de ser diretor também. A ABRASEL que hoje é uma entidade maravilhosa, representativa, é uma entidade nacional né, também tive o prazer de presidir.

               E em poucos meses nós já estávamos atendendo festas no interior do Paraná, no interior de Santa Catarina, de São Paulo. Atendemos quase 150 municípios nesse Brasil afora, e foi um sucesso. O sucesso nos proporcionou adquirir dois hotéis né, não como proprietário, mas como arrendatário.

               A minha vida hoje eu me dedico ao Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes de Curitiba, como vice presidente e, mais tarde, eleito presidente. Essa visibilidade do sindicato acabou me dando uma cadeira no Conselho de Urbanismo de Curitiba e a vice presidência do Conselho Estadual de Turismo e integrante da Federação Nacional de Turismo. Temos feito um trabalho interessante. O apoio que nós damos permanentemente à ABH, que é Associação Brasileira de Indústria e Hotéis, que eu tive o prazer de ser diretor também. A ABRASEL, que hoje é uma entidade maravilhosa, representativa, é uma entidade nacional né, também tive o prazer de presidir.

             Eu tenho que dizer assim que eu sou um homem realizado. Me sinto extremamente feliz com o que eu passei. E quero falar da minha família. Meu pai, “Seo Leopoldo”, e minha mãe, “Dona Dib”, que são os precursores de tudo, meu pai que começou na Stuart antiga. Trabalhou com o Afonso, o irmão. Trabalhou com o Afonso durante 20 anos, e depois demoliram o prédio ali na Praça Osório, e eles tiveram que ir pra esquina da Cabral, ainda na Praça Osório, com a Stuart. Onde está até hoje o Bar Stuart.

          E aí construíram o prédio e meu pai veio para a Confeitaria Iguaçu, meu tio não quis vir junto. E aí meu pai e minha mãe foram para trás do balcão, então os filhos foram juntos.

          Eu me criei atrás do balcão, lutando. Então recebi um exemplo de vida, de dignidade, de honradez que meu pai me deu. Daquele alemãozão bem nazista, bem duro, bem inflexível, sabe, com os filhos. Eu digo isso e vi minha mãe cortar meio tomate, porque estava podre, pra aproveitar a outra metade, para fazer a empresa dar lucro.

          Eu me criei nesse meio, em meio familiar né, e que eu contribui mais tarde, quando aprendi, quando fui pra escola, quando me eduquei, quando vi as concorrências. Quando comecei a viajar e aprendi o que se fazia, e aí fiz com que a empresa mudasse de Confeitaria Iguaçu, para restaurante. E foi quando nós começamos a ter uma lucratividade maior. Começamos a atender melhor a sociedade curitibana.

          A Confeitaria Iguaçu foi uma casa modelo. Não existia televisão, o povo vinha pro cinema, que era na Cinelândia, Cine Ópera, Palácio, Avenida, Cine Condor, enfim, os cinemas que tinham ali no centro. E antes e depois do cinema a Confeitaria Iguaçu era lotada, fazia fila, tinha pessoas que esperavam uma hora pra sentar.

         E aí eu fui tomando conta, eu tentei fazer a minha vida fora, independente né, como disse no começo. Indo trabalhar na Prefeitura, montando minha banca de advocacia.

         Minha mãe foi uma mulher que todo mundo adorava, ela era uma mulher que ia nas mesas, ela conversava com todo mundo, extremamente querida, e simpática né.

        Na construção do buffet Ilha do Mehl eu devo somente ao meu pai. Era uma loucura construir um prédio, que eu construí na época, de 1400 metros. Hoje dobrou a capacidade, porque ampliamos. Todo mundo dizia assim é uma loucura. Se eu montar uma casa deste tamanho, neste lugar, diziam assim: Você está montando em um porco. E todo mundo, familiares, parentes, todo mundo dizendo que eu tava fazendo besteira, que eu tava fazendo uma loucura, e não tínhamos dinheiro. Tinha que emprestar dinheiro de banco, e meu pai foi assinando na esquerda, e eu fui pegando dinheiro com a garantia, com o aval do meu pai, e fui construindo.

          E foi meu pai a única pessoa que dizia  assim: Se você acredita, faça meu filho. Então essa história eu jamais esqueço. Senti muito quando ele se foi.

           Então esse é um pouco da minha vida. Quando me separei a primeira vez, e começou a nascer filho do segundo casamento, eu dizia assim: Será que eu vou ver crescer essas moças aí? Será que eu vou dançar a valsa de 15 anos? E to vendo minhas netas né. Hoje quero dançar valsa com a minha neta entendeu. Então, o tempo passou, e estamos aí.

Sou brasileiro, curitiboca, nasci aqui nessa cidade maravilhosa, no dia 12 de outubro de 1944, na Rua Carlos Carvalho. Quem fez o parto na Dona Dib foi a Dona Shela, parteira famosa.

         E esse 12 de outubro é maravilhoso, porque foi quando em  1492 Cristóvão Colombo descobriu a América, é o dia da criança, é o dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil. E desde 92 é feriado nacional. O Cristo Redentor foi inaugurado em 12 de outubro. E 12 de outubro é o dia da fundação do clube do meu coração que é o Coritiba Futebol Clube.

        Estudei primeiramente no grupo Rio Branco, ali na Brigadeiro Franco, depois fui pro Bom Jesus, do Bom Jesus fui pro internato do Paranaense. Reprovei dois anos seguidos e meu pai me colocou interno no Paranaense. Fiz Direito, depois me formei em administração também. Nesse período de faculdade, fui presidente do Diretório Hugo Simas, da Faculdade de Direito de Curitiba. Tenho orgulho de ter sido orador da minha turma, com o Cine Vitória lotado na época.

        Depois fui pro Coritiba. Eu era turfista na verdade, porque meu pai Leopoldo era criador de cavalo de corrida. Em 1965 eu tinha um programa de turfe na rádio Marumbi, 65/66 e em 67 fui pra Tingui, mas não fiquei muito tempo. Nesse ano de 65 eu fui campeão dos cronistas de turfe, na disputa de palpites do concurso”Carlos Dietzsch”.Tenho um troféu muito bonito na minha casa, uma premiação que eu me orgulho muito.

        E daí, tinha um timinho de pelada, e me dava muito bem, o Munir Calluf era meu padrinho, aliás, o pai do Munir Calluf veio da Síria junto com meu avô, vieram no mesmo navio. Então tinha uma proximidade muito grande com o Munir. O Munir foi cuidar do futebol profissional do Coritiba em 67 e me levou pra cuidar do amador, do Coritiba, antes do Evangelino Costa Neto que foi o maior presidente da história do Coritiba. Tenho orgulho de dizer que fiz bastante pelo Coritiba.

        O centro de treinamento, quem comprou fui eu, o terreno da Floriano Essenfelder, que é a saída dos fundos do Couto Pereira, quem comprou fui eu. Foi na minha gestão que foram construídos os campos, os vestiários, a piscina do centro de treinamento. Pastilhei o estádio inteiro, fiz um acesso para o ônibus do visitante. Uma vez, numa das reuniões do Clube dos Treze, alguém me disse assim que não viria mais a Curitiba por causa da vergonha que ele passava na descida do ônibus do visitante, passar no meio da nossa torcida. Então foi a primeira coisa que fiz chegando a Curitiba, foi fazer um acesso para o ônibus do visitante, entrar e sair com segurança do Couto Pereira, mínimo de civilidade né?

         Fui também diretor da Abrasel e seu fundador. E não fui o primeiro presidente, porque entreguei para uma outra pessoa tocar. Tava envolvido com o Coritiba. Tinha fundado já anteriormente uma outra associação, a Associação Paranaense dos Proprietários de Restaurantes, APRES e da ABH.

        E quando me formei em Direito, montei uma banca de advocacia por quatro anos em cima da Confeitaria Iguaçu, no Edifício Arthur Hauer. E ao meu lado tinha o escritório do Jaime Lerner. E quando o Haroldo Leon Peres, que tinha escritório no último andar do edifício, foi pro Governo do Estado, ele levou o Jaime para a Prefeitura. E eu fui com o Jaime para a Prefeitura, ajudando na implantação da Fundação Cultural de Curitiba, onde fiquei três anos e pouco.

         E daí voltei, porque a família precisava do meu trabalho na Iguaçu. Tive de fechar o escritório de advocacia, porque não dava conta de tudo, eu disse:”Eu vou fazer meu sangue árabe funcionar né, que é o sangue de comerciante”. Montei a Iguaçu da Emiliano, e compramos o terreno e começamos a construir o Buffet Ilha do Mehl. E o Buffet Ilha do Mehl foi um sucesso já no primeiro ano. E em poucos meses nós já estávamos atendendo festas no interior do Paraná, no interior de Santa Catarina, de São Paulo. Atendemos quase 150 municípios nesse Brasil afora, e foi um sucesso. O sucesso nos proporcionou adquirir dois hotéis né, não como proprietário, mas como arrendatário.

          Fiquei no Coritiba, na minha primeira fase com o Munir, quatro anos, e depois fui pra oposição durante um bom tempo, só como conselheiro. Depois fizemos uma composição com o Bayard na presidência e eu fiquei na vice. Quando o Bayard Osnasaiu, me deixou na presidência, dois anos, e daí entreguei pro Evangelino de volta. O Evangelino não aguentou, ficou um ano e pouco, teve que chamar o triunvirato, que era o Sérgio Prosdócimo, o Edison Mauad e o Joel Malucelli. Eles me chamaram para cuidar do futebol.  Passei pela secretaria de finanças, passei pela própria secretaria, pelo futebol amador, fiz de tudo no Coritiba nos últimos 20 anos. Acabei presidente novamente, me orgulho de ter sido o único presidente na história que ganhou os quatro títulos no ano. Então eu tenho orgulho de ter deixado uma marca no Coritiba, principalmente patrimonial né.

               Eu sou casado duas vezes. Com a minha primeira mulher, Ines, fiquei casado com ela 12 anos, tive três filhas. Depois me separei com 12 anos e um ano e meio depois casei de novo, com uma mulher muito bonita, muito linda e que faleceu há 10 anos, Maria Luiza. Pegou um câncer na cabeça e em sete meses eu perdi uma mulher maravilhosa, que eu vivi com ela 24 anos, e ela morreu com 44 anos.

           Ela também me deu duas filhas. Então eu tenho três filhas do primeiro casamento, a mais velha a Clarice é casada com Gralak, e me deu duas netas lindas. A segunda filha Susana, casada com Marcelo, me deu uma neta, a Bruna. E a Raquel, filha número três, que me deu o único neto que eu tenho né, que é o Eduardo, Dudu. Depois as duas filhas do segundo casamento, Ana Luisa e a Luisa Helena. Ana Luísa casou e me deu mais uma neta, a Paola, maravilhosa.

                Tínhamos um grupo de colecionadores, amigos jornalistas, pessoas da sociedade, eu colecionava cardápios que chegou a 1.400 do mundo inteiro. Hoje ainda tenho um grupo de peladas com quase 40 anos ininterruptos que semanalmente jogamos em minha chácara.

                       E na minha vida hoje eu me dedico ao Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes de Curitiba, do qual fui vice presidente do Marco Antonio Fatuch e depois seu presidente que acabou me dando uma cadeira no Conselho de Urbanismo de Curitiba. Essa visibilidade do sindicato acabou me dando uma cadeira no Conselho de Urbanismo de Curitiba e a vice presidência do Conselho Estadual de Turismo e integrante da Federação Nacional de Turismo. Temos feito um trabalho interessante.

                  Fui também diretor e fundador da Abrasel, que hoje é uma entidade maravilhosa, representativa, é uma entidade nacional né, também tive o prazer de presidir. Tinha fundado já anteriormente uma outra associação, a Associação Paranaense dos Proprietários de Restaurantes, APRES. E já era diretor também do Sindicato de Hotéis, como fui diretor da ABH. E daí voltei, porque a família precisava do meu trabalho na Iguaçu e foi aí que tentei desenvolver alguma coisa.

                       Já que não vou ficar trabalhando na Prefeitura, e tive que fechar o escritório de advocacia, porque não dava conta de tudo, eu disse. Eu fazer meu sangue árabe funcionar, né que é o sangue do negociante. Montei a Iguaçu da Emiliano, e compramos um terreno e começamos a construir o buffet Ilha do Mehl.

                 E já em poucos meses já estávamos atendendo festas no interior do Paraná, no interior de Santa Catarina, de São Paulo. Atendemos quase 150 municipios nesse Brasil afora e foi um sucesso. O sucesso nos proporcionou adquirir dois hotéis né, não como proprietário, mas como arrendatário.

                 A minha vida hoje eu medico no Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes de Curitiba, como vice presidente e, mais tarde, eleito presidente. Essa visibilidade do sindicato acabou me dando uma cadeira no Conselho de Urbanismo de Curitiba e avice presidência do Conselho Estadual de Turismo e integrante da Federação Nacional de Turismo. Temos feito um trabalho interessante. O apoio que nós damos permanentemente à ABH, que é Associação Brasileira de Indústria e Hotéis, que tive o prazer de ser diretor também. A ABRASEL que hoje é uma entidade maravilhosa, representativa, é uma entidade nacional né, também tive o prazer de presidir.

               E em poucos meses nós já estávamos atendendo festas no interior do Paraná, no interior de Santa Catarina, de São Paulo. Atendemos quase 150 municípios nesse Brasil afora, e foi um sucesso. O sucesso nos proporcionou adquirir dois hotéis né, não como proprietário, mas como arrendatário.

               A minha vida hoje eu me dedico ao Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes de Curitiba, como vice presidente e, mais tarde, eleito presidente. Essa visibilidade do sindicato acabou me dando uma cadeira no Conselho de Urbanismo de Curitiba e a vice presidência do Conselho Estadual de Turismo e integrante da Federação Nacional de Turismo. Temos feito um trabalho interessante. O apoio que nós damos permanentemente à ABH, que é Associação Brasileira de Indústria e Hotéis, que eu tive o prazer de ser diretor também. A ABRASEL, que hoje é uma entidade maravilhosa, representativa, é uma entidade nacional né, também tive o prazer de presidir.

             Eu tenho que dizer assim que eu sou um homem realizado. Me sinto extremamente feliz com o que eu passei. E quero falar da minha família. Meu pai, “Seo Leopoldo”, e minha mãe, “Dona Dib”, que são os precursores de tudo, meu pai que começou na Stuart antiga. Trabalhou com o Afonso, o irmão. Trabalhou com o Afonso durante 20 anos, e depois demoliram o prédio ali na Praça Osório, e eles tiveram que ir pra esquina da Cabral, ainda na Praça Osório, com a Stuart. Onde está até hoje o Bar Stuart.

          E aí construíram o prédio e meu pai veio para a Confeitaria Iguaçu, meu tio não quis vir junto. E aí meu pai e minha mãe foram para trás do balcão, então os filhos foram juntos.

          Eu me criei atrás do balcão, lutando. Então recebi um exemplo de vida, de dignidade, de honradez que meu pai me deu. Daquele alemãozão bem nazista, bem duro, bem inflexível, sabe, com os filhos. Eu digo isso e vi minha mãe cortar meio tomate, porque estava podre, pra aproveitar a outra metade, para fazer a empresa dar lucro.

          Eu me criei nesse meio, em meio familiar né, e que eu contribui mais tarde, quando aprendi, quando fui pra escola, quando me eduquei, quando vi as concorrências. Quando comecei a viajar e aprendi o que se fazia, e aí fiz com que a empresa mudasse de Confeitaria Iguaçu, para restaurante. E foi quando nós começamos a ter uma lucratividade maior. Começamos a atender melhor a sociedade curitibana.

          A Confeitaria Iguaçu foi uma casa modelo. Não existia televisão, o povo vinha pro cinema, que era na Cinelândia, Cine Ópera, Palácio, Avenida, Cine Condor, enfim, os cinemas que tinham ali no centro. E antes e depois do cinema a Confeitaria Iguaçu era lotada, fazia fila, tinha pessoas que esperavam uma hora pra sentar.

         E aí eu fui tomando conta, eu tentei fazer a minha vida fora, independente né, como disse no começo. Indo trabalhar na Prefeitura, montando minha banca de advocacia.

         Minha mãe foi uma mulher que todo mundo adorava, ela era uma mulher que ia nas mesas, ela conversava com todo mundo, extremamente querida, e simpática né.

        Na construção do buffet Ilha do Mehl eu devo somente ao meu pai. Era uma loucura construir um prédio, que eu construí na época, de 1400 metros. Hoje dobrou a capacidade, porque ampliamos. Todo mundo dizia assim é uma loucura. Se eu montar uma casa deste tamanho, neste lugar, diziam assim: Você está montando em um porco. E todo mundo, familiares, parentes, todo mundo dizendo que eu tava fazendo besteira, que eu tava fazendo uma loucura, e não tínhamos dinheiro. Tinha que emprestar dinheiro de banco, e meu pai foi assinando na esquerda, e eu fui pegando dinheiro com a garantia, com o aval do meu pai, e fui construindo.

          E foi meu pai a única pessoa que dizia  assim: Se você acredita, faça meu filho. Então essa história eu jamais esqueço. Senti muito quando ele se foi.

           Então esse é um pouco da minha vida. Quando me separei a primeira vez, e começou a nascer filho do segundo casamento, eu dizia assim: Será que eu vou ver crescer essas moças aí? Será que eu vou dançar a valsa de 15 anos? E to vendo minhas netas né. Hoje quero dançar valsa com a minha neta entendeu. Então, o tempo passou, e estamos aí.

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