Advogado ainda em atuação, já aposentado há 24 anos. Sou o terceiro filho de José Corrêa Gomes e Lúcia Levatti Gomes, de uma família numerosa com mais de onze irmãos, nascido em 13/05/1940, no distrito de Santo Antônio da Platina, neste Estado. Meu pai, JOSÉ CORRÊA GOMES, descendente de Portugueses, vindo em 1936 do interior de São Paulo (Vargem Grande do Sul), já com formação em Contabilidade, passou administrar as propriedades do meu avô, que veio a ser o seu sogro. O trabalho de meu pai foi muito eficiente, já em 1947 elegeu-se Vereador pelo Município, tendo sido reeleito por mais quatro mandatos de 4 anos. Foi CIDADÃO HONORÁRIO DO MUNICÍPIO, em 1969 e hoje a CÂMARA MUNICIPAL DE SANTO ANTONIO DA PLATINA, tem o nome “PALÁCIO LEGISLATIVO – VEREADOR JOSÉ CORRÊA GOMES”.
Em 1954, quando completei meus 14 anos, toda a família foi morar na sede do Município, onde permaneci até 1957, tempo para concluir o Ginásio.
Em 1957, foi o grande início de tudo que aconteceria na minha vida pessoal e profissional. Chego a Curitiba, para procurar um trabalho e iniciar o Curso Científico, que me proporcionaria fazer uma Faculdade. O Cientifico, foi realizado em 3 anos no Colégio Estadual do Paraná; O trabalho, para iniciar uma Carreira Profissional, foi o BAMERINDUS, conseguido por uma carta de meu avô PEDRO LEVATTI, ao dono do Banco Sr.AVELINO VIEIRA.
Carreira Profissional: foram 35 anos, de estudos, dedicação, trabalho e promoções, de 1957 a 1992 com aposentadoria.
Formação Acadêmica:
1961 – Curso de Técnicos em Elaboração e Administração Orçamentária
Universidade Federal do Paraná –
1964 – Bacharel em Sociologia, Política e Administração Pública;
Universidade Católica do Paraná – Curitiba
1964 – Estagio de 4 meses sobre a situação Social, Política e Econômica dos países;
Portugal _ Ministérios dos Negócios Estrangeiros;
_ Laboratório Nacional de Engenharia;
_ Laboratório de Ciências e Letras e de Direito;
_ Laboratório de Fonética;
_ Universidade de Coimbra;
_ Banco Nacional Ultramarino.
Alemanha – DEUTSCHER AKADEMISCHER AUSTAUSCHDIENST
_ Deutsches Industrie – Institut Köln (Colonia)
_ Politische Akademie Eichholz e. V. (Bonn)
_ Deutscher Gewerkschaf ts bund (Berlin)
_ Institut für Sozial – Politische Forschung der Universitat
München.
_ Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico.
Itália _ Pontifício Colégio Pio Brasileiro e Universidade Gregoriana;
_ Partido Democrata da Itália;
_ Academia Cristã Internacional;
_ Partido Democrata Cristão;
_ Partido Socialista Italiano.
1974 – Bacharel em Direito
Universidade de Passo Fundo – RS
Carreira Profissional
– Iniciei como Caixa em agência Bamerindus de Curitiba, em 1957, quando o Banco tinha apenas 23 agências em todo o Brasil. Na sequência na Chefia de Secção, Chefia de Serviços, Gerente de agência pequena (Piraquara), agência média (São José dos Pinhais), Agência Grande (Pelotas-RS), Coordenador de Área para o RS (com sede em Porto Alegre).
A Primeira Diretoria
– Diretor Regional, com sede em Passo Fundo de 1970 a 1976;
Em Londrina – Pr de 1977 a 1978;
– Assessor da Vice-Presidência, de 1978 a 79, Curitiba – Pr;
Em Maringá, em 1980;
– Diretor Eleito do Bamerindus (estatutário) de Crédito Rural, para o Brasil, de 1981 a 1992;
– Cumulativamente ao Crédito Rural, Diretor Eleito, da Bamerindus Financeira, Do Bamerindus Crédito Imobiliário, Diretor Presidente do TC Bamerindus, no período até 1986;
– Diretor estatutário de agências Sul (RS-SC e PR), de 1986 a 92;
– Diretor estatutário de agências Sul Rio (RS-SC-PR-RJ e ES); de 1989 a 1992;
– Diretor de Seguementos Rural e Indústrial, de 1990 a 1992.
Destaques na década de 1980 no Bamerindus Crédito Rural.
Inscrevi o Bamerindus na Febraban, (Federação Nacional dos Bancos –SP), e em menos de 2 anos eu já era Presidente da Comissão de Crédito Rural da entidade, falando em nome de todos os Bancos nessa área.
O nome Banco Bamerindus e suas relações se aproximaram, intensamente, das autoridades que conduzem a Política de Crédito Rural, exigindo, não só posição de destaque, como passou a ser o carro chefe de todo o atendimento. A Agricultura e a Pecuária, nos seus diversos seguementos, pediam socorro. A Federação dos Bancos, com sede em São Paulo, reunia todas as condições para destravar as amarras do sistema.
A imprensa nacional, centralizava na entidade na busca por notícias do setor e o Bamerindus, através da nossa representação, passa a dar atendimento e ser o líder nas discussões. Vejam os destaques da época, década de 1980:
– Gazeta Mercantil, 06/11/1985:
“Bancos comerciais e estaduais devem aplicar R$ 10 trilhões este ano”
“Pedro Gomes, Diretor de Crédito Rural da Federação Brasileira das Associações de Bancos, disse que desse volume foram aplicados até agora R$ 8 trilhões, sendo 70% em custeio e operações de comercialização (AGF e EGF) e 30% a taxas de mercado,
Pedro Gomes, na sua palestra ontem em São Paulo, em seminário promovido pelo Instituto Brasileiro de Capacitação Bancária, reafirmou algumas reivindicações que os Bancos têm a respeito da atual sistemática de Crédito Rural: “Querem voltar a participar das operações de aquisição do Governo Federal (AGF) – posição que tem o apoio do Bacen e da CFP. Que o Proagro, garantia do seguro de financiamento agrícola em frustração de safras, passem a ser feito por Seguradoras Privadas”
– O Estado de São Paulo 04/01/1986,
“Setor Agrícola quer o Crédito sem burocracia”
“Pedro Gomes, o representante dos Bancos privados, vai ao Ministério da Desburocratização, defender a desburocratização dessa área, em trabalho de comissão com o Ministro PAULO LUSTOZA”
-Jornal do Estado, 19/04/1985:
“AGF’s: Bancos privados condenam centralização no Banco do Brasil”
“Pedro Gomes, destacou nas suas críticas, que enquanto o BB tem 1.100 agências, os bancos privados somam mais de 10 mil unidades em todo o território nacional” “O maior problema será dos produtores que necessitam vender sua produção” . Pedro Gomes, ao classificar a decisão do Governo Federal como “inoportuna que não vem trazer nenhum benefício à agricultura brasileira. Até pelo contrário, só vai retardar o processo de comercialização”;
– Revista – Febraban – Fenaban, 07/1985 – Pg22
“Evolução do Crédito Rural”,
“Pedro Gomes: “Base para a evolução do crédito rural” é o título de amplo trabalho elaborado pelo diretor Setorial de Crédito Rural da Febraban, Pedro José Gomes, para apresentação no I Seminário Nacional de Crédito Rural, realizado no Rio de Janeiro, que editamos na secção documentos.”
– Gazeta Mercantil – 1985:
“O “sim” dos Bancos….”
“Os Bancos privados atenderam ao apelo do Governo e concordaram oficialmente, ontem, em não executar as dívidas dos agricultores atingidos pela seca.A medida foi anunciada ao final de uma reunião de três horas, em Brasília, à qual estiveram presentes o ministro da fazenda DILSON FUNARO, o presidente do Banco Central, FERNÃO BRACHER, e o presidente da comissão de crédito rural da Federação Brasileira das Associações de Bancos (Febraban), PEDRO JOSÉ GOMES.”
Na sequência, inscrevi o Bamerindus na CICA (Confederação Internacional de Crédito a Agricultura, com sede em Zurich –Suissa), ótimos resultados para nosso Banco. Era a discussão de Crédito Rural no mundo.
Já, como Conselheiro da CICA, participei do VII Congresso mundial de Crédito a Agricultura, em 1986, em St. Lois – E.U.A;
Em 1987, fui designado a fazer Palestra em Istambul – Turquia, no VIII Congresso Mundial de Agricultura, sob o tema “ Crédito a agricultura no Brasil”;
Em 1989, organizamos e sediamos a 9ª Assembleia Geral da CICA, “Ampla Discussão de Crédito Rural no mundo”, em FOZ DO IGUAÇU, patrocinada pelo Bamerindus. Mais de 1000 representantes de 37 países. Foram conferencistas brasileiros: Min.da Agicultura, IRIS REZENDE, Ex.Min.Agricultura Alysson Paulinelli, Ex.Min.Delfin Netto, o Professor Paulo Rabello de Castro, o Professor Fernando Homem de Mello e o Presidente do Bamerindus José Eduardo de Andrade Vieira.
Em 1991, palestra em Pequim na China, no IX Congresso Mundial, sob o título “A agricultura, economia e as mudanças sociais recentes na América Latina”.
Quais foram os benefícios reais que o Banco Bamerindus obteve a partir da nossa inserção e participação efetiva nestes projetos ? Muitos.
“O SEGUNDO BANCO EM NÚMERO DE AGÊNCIAS 1.200”
“O PRIMEIRO BANCO EM CRÉDITO RURAL DO SISTEMA BANCÁRIO, EM ESTRUTURAS E VALORES APLICADOS”.
Os contatos que me propiciaram a fazer, com Bancos Internacionais, com estruturas de Crédito Rural no mundo, as Palestras que fizemos na Turquia, E.U.A e China, categorizaram o Bamerindus como, já em meados da década de 1980, o grande Banco especialista em Crédito Rural na América Latina.
Trouxemos ao Brasil, por exemplo:
Da Espanha, a tecnologia para criação de peixes em pequenas propriedades Rurais (o Bamerindus passou a oferecer a tecnologia, equipamentos para execução e o peixamento dos tanques, uma pequena participação dos agricultores, pagando o custo do combustível).
Passamos a oferecer Projetos (todos executados pelo Bamerindus, para produzir, em pequenas propriedades, milhos com alta tecnologia e 2 Vacas de Leite, também de alta qualidade para manutenção da família), com custos baixos e financiamentos a longo prazo;
Da França, em estágio que fizemos em 1981, no Banco Credit Agricole, constatamos tudo sobre o atendimento bancário, sobre as cooperativas da Europa, sobre as vantagens que ofereciam aos Agricultores na época de aposentadoria.
Esse Banco Frances tinha na época 15.ooo agências (ultrapassava sozinho o número de Bancos aqui no Brasil). Destacamos como sensacional, esse Banco ter milhares de agências móveis, eram VANS com toldos por todos os lados, equipadas com computadores, que estabeleciam dias, horários e locais de atendimento.
Por exemplo, Você mora, na Rua Joaquim Azevedo, no Distrito Tal e terá todas as 4as feiras, em horários das 9 as 16hs, sua agência Bancária para o seu atendimento.
No Bamerindus, de imediato, mandamos fabricar veículos com aquelas qualidades e passamos atender, com agências móveis, as exposições e feiras e os grandes eventos das empresas.
Fizemos sugestões ao Ministro Da Agricultura da época (Dr. Amauri Stabili), também ao Banco Central na Diretoria de Crédito Rural, que alterassem as regras do IR e do crédito da área, afim de que pudéssemos ADOTAR pequeno Produtor Rural, para comprar pequenos equipamentos. (seria para o Brasil muito importante).
Sugerimos, também, que os Agricultores do Brasil, que viessem a se aposentar, pudessem receber vantagens. Na França, o agricultor Rural tem direito a sair com 5 anos de antecedência e ainda ganha 20.000 Francos de vantagens para o resto da vida, como bônus.
CHINA – Visitando esse país, constatamos a existência de 700.000 BIODIGESTORES, que eram PATENTES, em residências, para coletar fezes e produzir energia e adubos para agricultura. De imediato, lançamos no Brasil um programa na área rural e passamos a divulga-lo.
Meu crescimento pessoal, ocorreu paralelamente ao meu crescimento profissional no Bamerindus.
Em 1965, o meu casamento com Leda Maria Perissutti, era o que faltava para permitir e completar, em vida a dois, um longo trabalho de sucessos pela frente. No ano passado, 2015, comemoramos as nossas BODAS DE OURO.
Tivemos 3 filhos, Márcia em 1966, Maristela em 1967 e Cláudio em 1970 (todos casados), 6 netos.
Márcia (com Faculdade de Música) e empresária da área, mãe do Felipe, hoje com 26 anos e formado em Administração, em BERÉA – E.U.A, e Rafaela, com 10 anos (a RAFA GOMES do The Voice Kids – 2016);
Maristela (Odonto Pediatra), mãe da Fernanda, hoje com 22 anos, Cursando Direito e Cauê, com 9 anos;
Cláudio – (médico), com especialidade em Medicina Fetal, em São Paulo de um ano e Inglaterra, dois anos) – Hoje, Empresário com uma clinica da especialidade – IMMEF.
Pai do João Pedro, hoje com 10 anos e Lucas Meyer Gomes, com 8 anos.
Atividades e Hobbys
Viagens Internacionais, de 1964 a 2015, Leda e eu visitamos em 34 países 122 cidades, muitas delas a serviço, que vieram a somar no crescimento intelectual e Profissional de quem estava ajudando no crescimento da sua empresa.
“QUANDO INICIEI EM BAMERINDUS EM 1957, ERAM 23 AGÊNCIAS, AO ME APOSENTAR EM 1992 ERAM HUM MIL E DUZENTAS”
Pós Aposentadoria – 1992, iniciei outras atividades, para não me acomodar na paralização:
– Me inscrevi num Curso Preparatório, para Concurso de Juizes e Promotores, de um ano (jamais iria pleitear ser Juiz ou Promotor), só pretendia atualizar os conhecimentos em Direito (do Curso, que havia concluído em 1974);
– Me inscrevi num Curso de Pós Graduação, no IBEGE, de um ano, em Direito Tributário, inclusive com apresentação de tese;
– Com a promulgação da Lei de Recuperação Judicial em 2005, me especializei na área, junto a OAB/SP e passei a prestar serviços em São Paulo, como Presidente de Conselho de Administração de empresas em Recuperação;
– Fui Diretor Financeiro de grande empresa de construção civil, por um ano;
– Criei, a convite do Governador Lerner, a Empresa Agência de Fomento do Paraná e fui Diretor da mesma por dois anos;
– Fui Diretor Secretário do LACTEC, por dois anos, na gestão do Presidente Alceni Guerra;
– Fui do Conselho da COOPESF, Cooperativa de Crédito dos Bancários, por dois anos, nesta deixei uma grande contribuição, “IMPLANTAÇÃO DA GOVERNANÇA CORPORATIVA OU COOPERATIVA”;
– Montei empresa de Factoring, que mantive por dois anos;
“Encerrando este depoimento, mostrando sucesso total nas atividades Pessoal e Profissional, fica este registro em MEMÓRIAS PARANÁ, em especial aos jovens em início de carreira”.
“Pense grande, enfrente todas as dificuldades, nunca desista”
“Iniciei de Caixa no Banco e com 35 anos de trabalho só não fui Presidente, que era cargo da família”
“Faria tudo de novo, com maior dedicação”
Afinal, hoje continuo Advogando e vivendo para a família.
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BELA MATÉRIA AMIGO PEDRO JOSÉ GOMES, EU TAMBÉM COMECEI MINHA CARREIRA NO BAMERINDUS EM 1957 PRECISAMENTE NO DIA 07 DE AGOSTO, PARABÉNS POR TUDO QUE VOCÊ FEZ PELO BAMERINDUS E POR TODOS NÓS ; CASAMOS NO MESMO DIA,FIZEMOS A LUA DE MEL EM GUARATUBA NO DIA 24-05-65, SEMPRE TE ADMIREI,HOMEM BOM, HONESTO, LUTADOR, DE CARÁTER EXEMPLAR. FICO MUITO ORGULHOSO DE SER TEU AMIGO
ABRAÇOS
ELIAS JORGE FAIAD (TIM)