Nasci em Curitiba na Rua Julia da Costa, na região que era chamada antigamente de “Campo da Galícia”, perto do antigo “Campo do Poty”, hoje praça 29 de Março.
Recebi o nome das minhas duas avós, Julieta e Maria, o que muito me orgulha, pois, minha vó Julieta Gineste Salomon era uma pessoa muito inteligente e séria, sendo que minha avó Maria Lacerda Braga não conheci, pois faleceu muito cedo. Sou a mais velha de cinco irmãos, sendo meus pais João Antonio Braga Côrtes e Esther Salomon Braga Côrtes.
Meu pai trabalhou muito, desde cedo, transferido para a cidade de Apucarana, tornou-se Deputado Estadual da região, quando seu primo Ney Braga, foi governador do Paraná na década de 60. Continuei em Curitiba, estudei no grupo Professor Cleto, no colégio Nossa Senhora de Sion e depois na Escola de Música e Belas Artes do Paraná.
Fiz estágio no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, já casada, onde aperfeiçoei conhecimentos na área artística, principalmente nas artes plásticas, aprendendo técnicas e estudando História da Arte, com grandes mestres nacionais.
Comecei a trabalhar na Prefeitura de Curitiba no início de 1974, na Diretoria de Relações Públicas e Promoções, cujo diretor era o jornalista Aramis Millarch e o prefeito Jaime Lerner iniciava sua transformação de Curitiba, da cidade tímida para a cidade criativa e inovadora, implantando o calçadão da rua XV, a Casa Romário Martins (onde o Rafael Greca já era pesquisador da História de Curitiba), o Teatro Paiol e diante dessa efervescência cultural, foi criada a Fundação Cultural de Curitiba, para onde fui transferida.
Já na Fundação, participei do grupo que implantou o Centro de Criatividade de Curitiba, o Bonde da Rua XV, a Pintura Infantil da rua XV, Pintura de Tapumes. Na Coordenação de Artes Plásticas e depois na coordenação e implantação da Feira de Artesanato de Curitiba do setor histórico, um projeto da administração para transformar, revitalizar e movimentar o setor histórico da cidade.
No início, uma feira de Antiguidades, Selos e Moedas, sendo que o ideal era implantar uma feira de Arte, com muita exigência na seleção dos trabalhos e esse início reuniu um grupo dos melhores artesãos de Curitiba.
No Centro de Criatividade, a reunião de vários artistas realizava ateliers livres, da mais alta qualidade, transformando Curitiba numa cidade de referência em inovação e criatividade.
A partir do projeto de revitalização do setor histórico, com muita exigência, a Feira do Artesanato foi se transformando no maior ponto de encontro da cidade aos domingos pela manhã.
O começo foi difícil, mas hoje tenho muito orgulho de ter recebido o apoio desses produtores que hoje, quase na 3° geração, mantém suas unidades de produção ativas, contribuindo com o desenvolvimento econômico e cultural da cidade.
A história mostra como os projetos importantes e vontade política podem mudar o direcionamento de uma cidade.
Feiras noturnas e gastronômicas foram implantadas, na área da gastronomia étnica, mostrando o que de melhor nossa formação cultural pode oferecer e ser valorizada.
Na manutenção da herança de nossos antepassados, grupos da terceira idade são incentivados para que se aprenda a tecnologia artesanal e gastronômica para as novas gerações e a convivência como meio de prevenir doenças promover o relacionamento humano e fortalecer a Cultura da Cidade.
Tenho muito orgulho de representar trabalhadores informais, artesãos, artistas das artes plásticas, da arte culinária e da cultura local. Feiras como pontos de encontro e incentivo ao comércio local.
Hoje, no sexto mandato como vereadora de Curitiba, trabalho pela população da cidade e por seu pleno desenvolvimento.
Fui casada com o engenheiro José Amorim Fialho dos Reis falecido há quatro anos, e tive três filhos: Rodrigo, Tatiana e Roberto que me deram três netos: Yan, Luiza e João Pedro que são as minhas alegrias.
Meu lema: “A Arte e a Criatividade direcionada ao ofício: um caminho para o desenvolvimento!”