José Augusto Iwersen, nasceu em Curitiba, em 1946 unindo duas famílias tradicionais, Basetti e Iwersen, os Basetti vindo da Itália e os Iwersen vindo da Dinamarca. Estudou no colégio Santa Maria, e foi lá que encontrou o cinema, quando por cinco anos foi o criador e administrador do Cine Reviere do próprio colégio nos mesmos moldes de um cinema da época. Durante muito tempo foi critico de cinema nos jornais Tribuna do Paraná, Gazeta do Povo e O Estado do Paraná. Mais tarde atuou como editor de fotonovelas, na editora Grafipar ao lado do empresário Faruk El Khatib e viveram juntos vários capítulos da censura na época da ditadura militar a fim de liberar suas obras denominadas “Erótico Educativo”. Iwersen foi também produtor e roteirista de uma dezena de filmes de curta metragem cujo acervo se perdeu com o tempo. Seu grande sonho aos 70 anos de idade era editar uma revista de cinema, a sua “Filmolândia” e realizar um filme chamado “O Rio da Esperança”, lembrando a ferrovia de Porto Iguaçu ao Porto Amazonas. Nos últimos anos viajava muito a Sâo Paulo e mais recentemente como contratado junto a TV Bandeirantes para a seleção de filmes para exibição, trabalho que dividia com os críticos Sabadin e Ewald Filho. Foi também escritor, cujo seu primeiro livro relata a respeito de grandes filmes, o universo do cinema, cinema digital, o outro sobre as botes, orgias e grandes casas de shows masculinos nos anos 70. No dia 3 de maio deste ano prestou um longo depoimento ao projeto Memórias Paraná, relatando toda a sua vida e obra, seus desafios e anseios na elaboração do segundo livro, que infelizmente também não se realizou com o desaparecimento do autor no dia 18 de agosto de 2016.