Sou cidadão brasileiro, nascido em 11 de setembro de 1948, meus pais eram João Antonio Ramon e Arilda Leopoldina Scarante Ramon.
Meu pai também nascido em Curitiba, minha mãe descendente de italianos, da colônia de Santa Maria, nasceu em Piraquara.
Tive uma infância muito feliz, a primeira instituição de ensino que frequentei foi o grupo Conselheiro Zacarias, escola pública.
Toda a minha família era católica, por isso cresci com esta formação religiosa, que foi aprimorada quando fiz o ginásio no Colégio Santa Maria dos Irmãos Maristas.
De lá, fui fazer Contabilidade à noite para poder trabalhar durante o dia.
Cursei a Faculdade de Direito na PUC – Pontifícia Universidade Católica – lá me formei, 1972, – OAB 17.601 – depois fiz curso de Gestão Empresarial e Administração na Fundação Dom Cabral e complementado no Instituto INSEAD em Fontainebleau, na França.
Antes disso, me alistei no Exército e cursei o Centro de Preparação de Oficiais da Reserva, o CPOR.
Comecei a trabalhar aos 14 anos de idade com meu pai, que tinha uma empresa chamada Lojas Auto Paraná, na Praça Carlos Gomes, depois denominada Doce Lar. Essa foi a maior escola que tive na minha vida, o maior mestre que tive foi meu pai.
Lá aprendi muito sobre empresas e comércio. Meu primeiro investimento, meu empreendimento independente, foi uma concessão das motos Honda, fiquei com a concessão por mais de 43 anos.
Na sequência, depois de abrirmos a concessionária Honda, abrimos uma concessionária Fiat, uma empreiteira de saneamento (que trabalhava para a Sanepar), uma construtora, empreendimentos imobiliários e loteamentos. Em 1967 meu pai fundou a Plásticos do Paraná com vários sócios, lá trabalhei por mais de 20 anos.
Em 1972, criamos com meu pai, uma empresa em Vitória, com sócios de lá, chamada Fibrasa.
No ano seguinte, 1973, tive o primeiro contato com a doutrina Espírita Kardecista, que me cativou ao ler o Livro dos Espíritos, de Allan Kardec. Estudei por cinco anos esta doutrina, que me ensinou, entre outras coisas, a ter tolerância para com o próximo e todas as outras religiões, as quais respeito muito. A doutrina Espírita enfoca filosofia, ciência e religião, não é somente religiosa.
Voltando a falar de negócios, em 1985 montamos a segunda Fibrasa, no município Abreu e Lima, perto de Recife. Tivemos empreendimentos menores, um projeto agropecuário em Mato Grosso, uma pizzaria chamada Boa Pizza, estacionamentos e o restaurante Bice, uma grande realização pessoal minha, um sonho que acalentava há muitos anos. Resolvi abrir o restaurante, franquia do Bice de Milão e Nova York.
Ao longo da minha vida pessoal e empresarial, passei por momentos de muita bonança, mas também de muitas dificuldades em função das várias crises que a economia sofreu em nosso país.
Todas foram superadas com muito trabalho e hoje estamos aí, posso dizer que o saldo profissional foi bastante positivo, em que pesem os revezes que tivemos e machucaram bastante, mas com orgulho posso dizer que o saldo é positivo.
Minha vida familiar é algo que a meu ver é o mais importante. Aos 16 anos, comecei a namorar minha esposa Elvira, ela tinha 14 anos, estamos casados há 48 anos e temos três filhos homens: Fábio Scarpim Ramon, Rafael Ramon e João Antonio Ramon Neto; duas noras: Juliana Mocellin Ramon e Natalia Pereira Goulart Ramon; quatro netos, sendo, três meninos e uma menina: Martin Mocellin Ramon, Felipe Pereira Goulart Ramon, Antonio Goulart Ramon e Lara Mocellin Ramon – essa é a grande dádiva da minha vida.
Tenho a felicidade de dizer que tenho amigos que preservo desde a infância e a adolescência, alguns tenho a felicidade de conviver até hoje.
Quero completar dizendo que participei desde cedo de instituições de categoria de classe, tive meu primeiro contato com entidades de classe no Clube de Diretores Lojistas, eu tinha 17 ou 18 anos e frequentei por muitos anos.
Na sequência, frequentei a Associação Comercial do Paraná (ACP), a Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), e fui por nove anos consecutivos presidente de uma entidade em São Paulo a nível nacional chamada Afipol, que reunia todos os fabricantes de plástico, do setor de ráfia.
Fui diretor e vice-presidente da Abiplast, que congrega todos os fabricantes de plásticos do Brasil. Fui nomeado Cônsul da República da Sérvia e presidi a Sociedade Consular do Paraná por duas gestões.
Em 2000, ao ingressar na Maçonaria, percebi que estavam lá os mesmos princípios que me encantaram na doutrina Espírita: tolerância, respeito ao próximo, busca de desenvolvimento e aprimoramento pessoal. Todos estes princípios se coadunam com o que prega a doutrina Espírita, pois derivam dos ensinamentos advindos de Jesus Cristo, nosso Mestre maior e guia.
Em 2010 fui alçado à condição de presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), de 2010 a 2014.
Tive comigo uma equipe valorosa, que propiciou que fizéssemos muitas ações visando ao bem da comunidade, dos associados e dos empresários. Isso me deixa muito orgulhoso, porque foi uma gestão muito ativa em termos de ações efetivas que, ao nosso ver, beneficiaram a sociedade.
Na sequência, quando saí da Associação Comercial do Paraná (ACP), fundamos, junto com alguns amigos, o Instituto Democracia e Liberdade (IDL), o qual presido até hoje e que defende princípios liberais como: economia de mercado, iniciativa privada, legitimidade do lucro, direito de propriedade, diminuição do tamanho do Estado, bem como a liberdade de imprensa.
É uma entidade voltada à democracia e que nós, à frente desse Instituto, podemos e temos a oportunidade de elaborar estudos e promover ações que realmente contribuem com a democracia do país.
Esse é um trabalho que nos dá muita satisfação, porque nos sentimos úteis de alguma forma para a sociedade.
Como muito bem me ensinou meu pai, sempre privilegiei o trabalho acima de tudo.
Porém, o lado recreativo da minha vida sempre foi bastante intenso. Sempre gostei de viajar para conhecer novas culturas, compará-las com a nossa cultura aqui, ver o que tinham de melhor para poder, analisando-as, contribuir para trazer esses lados positivos dessas culturas ao nosso país.
Nesse sentido, vendo o que acontecia na França e alguns lugares mais desenvolvidos durante a minha estada no Insead, Fontainebleau na França, elaborei com alguns amigos, como co-autor, um livro chamado “Parcerias”. Era algo que não existia no Brasil, mas já existia muito ativo em lugares como a França, Alemanha, Estados Unidos e Inglaterra.
Um pouco mais tarde, tive o privilégio, com 46 anos, de comprar uma fazenda que hoje é voltada para a agropecuária e que me dá muita satisfação pessoal e também em termos de recreação, porque meu hobby são os cavalos. Eu gosto muito de montar e isso me dá muita alegria.
A vida inteira eu joguei futebol, nunca fui um craque, mas como eu era dono da bola, todo mundo me deixava jogar. É um esporte que me deu sempre muita alegria. Sou torcedor do Coritiba, em razão dessa alegria que eu tenho pelo futebol.
Em termos, acho que esse é um resumo da minha vida.