Adonai Aires de Arruda (2016) Comércio – Quatiguá – Paraná

Nasci em 27 de dezembro de 1949 na cidade de Quatiguá no norte do estado do Paraná. Sou filho dos professores Almir Aires Arruda e Nair de Arruda. Não tive a oportunidade de conviver e conhecer mais de perto os meus avós maternos vovô Edi e vovó Zica que eram de origem alemã e o vovô Olegário a vovó Silvina a gente teve oportunidade de conviver um bom tempo.

Já com 5 anos de idade, sai de Quatiguá vindo para Curitiba aonde convivi inicialmente até os meus 22, 23 anos quando logo depois que me casei, me mudei.

No transcorrer dessa minha passagem aqui em Curitiba, vivi alguns anos em Santa Felicidade onde estudei lá no grupo Professor Francisco Zardo. Mas a partir do terceiro ano fui para o Colégio Novo Ateneu onde completei o quarto ano ginasial e o cientifico também. Como sempre fui muito consciente e dedicado em minhas atividades, meu apelido na família desde criança ela “Velho”.

Numa das passagens muito importantes que tive com papai foi quando, aos 11 anos de idade naquela época, ele sentou comigo e me presenteou com a chave de casa dizendo que qualquer dia que eu tivesse que chegar depois das 10:00 da noite eu teria que avisar se não perderia esse direito. E assim eu realmente louvo os pais que tive porque sempre foram excepcionalmente abertos ao diálogo. Eu só tenho um irmão de sangue, o Osman, que é promotor e Procurador de Justiça aposentado. Nossa família é realmente assim uma família relativamente pequena porque eu e meu irmão somos os ancestrais. Não temos infelizmente os nossos pais que já estão em outro astral.

Dentro desta minha infância lá no Colégio Francisco Zardo moramos alguns anos em Santa Felicidade. Depois nós nos mudamos aqui para Rua Clotário Portugal. Depois viemos para Mercês na rua Raquel Prado aonde ali morei até me casar. Depois então fomos para Maringá onde fiz a faculdade de veterinária e me formei na Universidade Federal do Paraná no ano de 1972, onde o início de carreira foi exatamente dentro dessa profissão.

O meu primeiro emprego formal foi, no ano de 1969, na Rádio Marumby trabalhei um ano nos espaços livres que eu tinha na faculdade onde era muito puxado com aula de manhã de tarde de noite.  No rádio trabalhava no período da tarde, onde cheguei a trabalhar um pouco, muito pouco na área de esporte, mas o meu forte mesmo era a apresentação de programas.

Já de início da faculdade comecei a trabalhar no primeiro ano como inspetor de frigorífico de carnes com o professor Delci. E com 6 meses de estágio com ele, já me delegou a responsabilidade do Frigorífico Paraná Pecuária. Era muito interessante que eu tinha que estar no frigorífico as cinco da manhã e as oito na faculdade. Então tinha um Fusquinha e saia da minha casa chegava lá no Paraná Pecuária que era no caminho de São José dos Pinhais. E as 7:30 saia para ir para a faculdade.

Aí recebemos um convite, eu e mais um colega, a possibilidade de atender o município de Rio Branco do Sul. E numa inspeção que fizemos tivemos de condenar a carne que não estava legal dentro de um açougue. E ai foi minha primeira missão com ameaça de morte. Conseguimos cumprir a missão e declinamos do emprego

Realmente me formei muito cedo em 1972 e na ocasião foi quando houve a mudança do ensino universitário no Brasil e que as coisas começaram a ser por créditos semestrais. Em decorrência disso eu perdi a oportunidade porque o meu diploma não foi chancelado pelo Ministério da Educação em tempo hábil. Eu tinha ganho uma bolsa para fazer uma pós-graduação em nutrição animal na Bélgica e como essa homologação só veio depois, em 8 de dezembro, eu perdi essa oportunidade.

Como já trabalhava, o que eu fiz? Em março de 1973 me casei com a Ione que é minha esposa até hoje. Somos uma das raridades aí com 43 anos de vida matrimonial. Eu digo o seguinte. Eu sou tão tradicional, tão tradicional, que a mulher é a mesma há 43 anos e, dai, comprei um trem para não sair do trilho. Nosso início de vida foi na cidade de Maringá.

Naquela época existiam duas grandes alegrias: viajar de avião e conhecer o Rio de Janeiro. Nossa lua de mel foi viajar de avião para o Rio de Janeiro e conhecer o Rio de Janeiro.

E o destino fez com que, nove meses depois, eu trabalhasse numa companhia holandesa que tinha uma filial em Maringá.  Mas também tinha uma atuação com o laboratório Pifzer que hoje é um dos mais conhecidos porque, na medicina humana é o que desenvolveu o Viagra. Como eu já tinha uma atuação na área recebi uma proposta coincidentemente para ser o assistente técnico da filial no Rio de Janeiro.

Nós aceitamos e nos mudamos para o Rio de Janeiro. Quebrei dois recordes mundiais. E no início de carreira foi exatamente dentro desta profissão eu fui o primeiro gerente com menos de 3 anos de casa e com menos de 30 anos de idade no mundo naquela ocasião. Tive a felicidade ver minha primeira filha, que é mais velha, Evelyn Fabricia, nascer exatamente no dia do médico veterinário, dia 9 de setembro e o meu filho, o Adonaizinho, nascer no dia da revolução de  31 de Março. Então, são duas datas históricas marcantes na minha vida.

E após uma experiência empresarial independente, com sede em Campinas, oportunidade que me deu um amigo, o Sergio, foi um ano bem complicado diante de um assalto traumático sofrido, em Curitiba, pelos pais da Ione, que quase morreram.

Meu pai que tinha uma empresa de serviços em Curitiba e me procurou, precisando de ajuda. Como meu irmão trabalhava como promotor. Era promotor público concursado e não podia participar de empresas. Optamos por voltar para Curitiba, porém revezando, uma semana aqui e outra em São Paulo.

Como estava atrelado ao meu negócio de veterinária, montei um pet shop aqui em Curitiba, que era minha cachaça de final de semana. Mas como uma legislação de 1984 fez com que as empresas de segurança tivessem que ficar especificamente com essa atividade, fomos obrigados a desdobrar essa área da de serviços.

E aí nascia Hengiserv que começou com 7 funcionários. E foram oito anos de idas e vindas, de avião e carro, entre Curitiba e São Paulo onde mantinha também meus negócios.

Em 1991 surgiu, então, a minha grande transformação na vida que muita gente reclama, mas eu digo que quem mudou minha vida para o bem foi o Collor, porque eram tantas as dificuldades econômicas do pais, que me obrigou a mudança de rumo.

1991, década dos anos 90 ela foi a primeira grande transformação no nosso grupo de empresas. Fechamos área da segurança e na área de serviços nós saímos de cerca de 50 colaboradores para mil e quinhentos e depois hoje nós temos perto de 6000 colaboradores sendo o décimo quarto maior empregador do Estado do Paraná com uma série de atividades com filiais no Estado todo com uma série de responsabilidades sociais.

Assumimos então a presidência do sindicato patronal. Logo em seguida tive o grande desafio de assumir a presidência da Federação Nacional aonde fui presidente de 1999 a 2004. E com o advento da CNC fui o primeiro presidente da entidade nacional a ser diretor da Confederação Nacional do Comércio.

E em 1999, surgiu o processo das concessões ferroviárias aonde nós tivemos a oportunidade de disputar a concorrência e vencemos da linha de turismo Curitiba-Morretes Paranaguá.

Hoje nós temos uma holding com cerca de 11 empresas, restaurante, usina de reciclados sólidos da construção civil, a operadora de turismo, agência de viagens a Serra Verde, que é a operação do trem turístico tanto aqui em Curitiba quanto no Pantanal mato-grossense do Sul quanto o Espírito Santo e também uma operação em Orlando no Estados Unidos e dois representantes também na Europa. Um em Amsterdam outro em Bruxelas.

Eu tive aí também a graça de ter comigo um cunhado, Sidicley, que eu até hoje não sei se é cunhado, se é irmão mais velho, se mais novo ou mais velho é a mesma coisa, cuja nossa identidade é muito boa. Ele trabalha na área operacional da empresa é meu sócio. Então essa integração com ele e o equilíbrio que eu tenho e a felicidade de ter a mulher que eu tenho que é a minha diretora financeira não tem do que se queixar.

Eu credito a ela porque eu com a minha impulsividade comercial institucional né, tem que viajar muito correr muito. Esse controle da administração sempre ficou na mão dela e por isso  a gente efetivamente conseguiu unir as forças e hoje o que eu tenho é de grande alegria né.

Tenho meu filho que se formou em publicidade e fez mestrado em turismo e a minha filha que fez Direito, pós-graduação mestrado, doutorado e se especializou na área do Direito Empresarial é a nossa diretora jurídica.

Adoro estar criando arrumando sarna para se coçar. Nossa Alegria aumenta quando o nosso netinho está com a gente, quando abraço quando beijamos o querido Ally.  Eu me considero realmente uma pessoa positivista. Uma pessoa alegre, de bem com a vida. Adoro empreender, ter capacidade criativa, enfim ser o que sou.

 

 

 

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