Pesquisador, crítico de arte, professor universitário, instalacionista e pintor. Na infância muda-se com a família para Curitiba/PR. Gradua-se no Curso Superior de Pintura pela Embap em 1969 e licencia-se em Desenho pela PUCPR, em 1970. Faz Curso Livre de Gravura, no MAM do Rio de Janeiro/RJ em 1967 e no biênio 1968/1969 freqüenta o Atelier de Gravura Poty Lazzarotto. Em 1969 faz o Curso de Conservação e Restauração do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional promovido pelo IPHAN, UFPR e SEEC. Entre 1970 e 1971 estagia na Diretoria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (DPHAN) para o Paraná e Santa Catarina. É mestre em Lingüística (Semiologia) pela PUCPR, com a dissertaçãoSemiótica da Arte; a propósito de uma semiótica da Pintura. Em 1991, inicia Doutorado em Estética e Tecnologia das Artes na Universidade de Paris/França, onde também aprofunda seus conhecimentos em Estética, Ciência e Tecnologia das Artes. De 1994 a 1995, ainda em Paris, cursa Metodologia das Artes Plásticas. Extremamente versátil, freqüenta cursos nas áreas de fotografia, cinema, áudio-visual, educação, artes plásticas e desenho industrial. É fundador do Curso de Desenho Industrial no Cefet-PR, onde atua como chefe de Departamento, e também é um dos fundadores do Curso de Desenho Industrial – Projeto de Produto – da PUCPR. Ex-professor no Curso de Desenho Industrial e Design Gráfico do Departamento de Design da UFPR, responde pelas disciplinas de: História da Arte, História da Arte Contemporânea, História da Arte Brasileira e Paranaense no Departamento de Artes da UFPR. Integra o Corpo Docente da Universidade Tuiuti. Personalidade carismática, é considerado por seus alunos como uma das figuras mais proeminentes da docência universitária de Curitiba. Ao lado disso, destaca-se como um dos principais nomes da Geração Setenta e um dos pioneiros das linguagens contemporâneas – como instalações – no Paraná. Além de responder pela direção do MIS-PR, exerce as seguintes funções: membro do Conselho Estadual de Cultura, do Conselho Diretor do Cefet-PR; presidente da Associação Brasileira de Semiótica – Regional do Paraná e membro do Conselho Consultivo do MAC-PR. Filia-se a ABCA e ALCA, colaborando com regularidade do Jornal da ABCA. Dedicando-se à pesquisa e crítica de arte desde meados dos anos 1970, é presença constante em comissões julgadoras dos principais Salões de Arte e Mostras de Cinema. Também merece menção o excelente trabalho de curadoria que vem fazendo para mostras retrospectivas, a exemplo de Fernando Velloso e Violeta Franco, ambas em 2001. De 1996 a 1998, é membro do Conselho Estadual da Cultura. Como artista plástico, Fernando Bini é, em início dos anos 1970, um dos primeiros no Paraná a utilizar – no dizer de Roberto Pontual – uma linguagem pós-moderna, já que se serve, em suas pesquisas bidimensionais, de um releitura da pop-art. Suas personagens – nus femininos –pin-up girls têm certo ar de nostalgia da pop britânica, especificamente de Peter Blake, inclusive no tratamento da fatura – mais pictórica do que linear – sugerindo o uso de aerógrafo. Na utilização de silhuetas que se contrapõem às estruturas recriadas de histórias em quadrinhos, aproxima-se do pop-artist norte-americano Kitaj. Serve-se de outros recursos damassmedia como cores vibrantes e palavras originárias de anúncios publicitários, dos luminosos, dos balões de bandas desenhadas e cartazes. Já os signos que utiliza revelam sua cultura semântica remetendo à cabala judaica e hieróglifos do Antigo Egito, entre outros. As composições são, por assim dizer, verbo-geradas, criando uma série de indagações e leituras. Porém, Fernando Bini não se limita a pesquisas bidimensionais. Pertencente ao grupo que sai dos Encontros de Arte Moderna, está entre os pioneiros da arte conceitual no Estado.”
Comments 1
Excelente professor! Inesquecível.
Tive aula com o Fernando Bini no curso de Design Gráfico na UTP, entre 2005 e 2007.
Na época, eu ainda muito novo, não soube aproveitar as aulas e aprender o quanto eu gostaria, hoje, de ter aprendido.
Mas tive a honra de assistir às suas aulas, de conhecer Kant por meio do senhor, e, principalmente, ver o seu amor por ensinar.
Muito obrigado por tudo!