A pesquisadora Selma Suely Teixeira nasceu na cidade de São Paulo no dia 7 de setembro de 1953. Aos 4 anos teve seu primeiro contato com a literatura quando, atenta e participativa, ouvia a leitura dos livros da coleção Sítio do Pica-pau Amarelo, de autoria de Monteiro Lobato, feita por sua mãe. Da coleção, os livros favoritos sempre foram o Reinações de Narizinho, O Sítio do Pica-pau amarelo, Viagem ao Céu, O Saci e Histórias de Tia Nastácia que eram lidos e relidos por sua mãe. Com a mãe também aprendeu a ler, escrever e as primeiras noções de música praticadas em um pequeno piano dado por seu pai. Aos 5 anos a família mudou para Curitiba. Com 6 anos Selma foi matriculada no primeiro ano do Curso Primário do Colégio Nossa Senhora de Lourdes, também conhecido como Cajuru. Ali, sob orientação da Irmã Yolanda, sua primeira professora no Colégio, desenvolveu a prática da leitura e da escrita iniciada em casa. Aprendeu também noções de aritmética e ouvia, com curiosidade, as conversas em francês das irmãs da Congregação de São José que administravam o Colégio e o convento que funcionavam, no mesmo espaço, no bairro do Cajuru.
Com oito anos Selma passou a frequentar aulas de piano no Colégio Cajuru. Dois anos depois ingressou no curso de Solfejo e Ritmo ministrado na Escola de Música Professor Melilo. Em 1967 ingressou no Curso Fundamental de Piano da Escola de Música e Belas Artes do Paraná tendo concluído o Curso três anos depois.
Em 1971 Selma termina o Curso Normal no Colégio Nossa Senhora de Lourdes. No ano seguinte participa da encenação da ópera A Vocação de Colombo, de Ático Rubini, sob a regência do maestro Mário Garau. No mesmo ano ingressa nos Cursos Superiores de Música – modalidade Piano – e de Licenciatura em Música, na Escola de Música e Belas Artes do Paraná – EMBAP.
Como complementação à grade curricular dos cursos superiores da EMBAP Selma frequentou cursos de extensão ministrados por nomes da música erudita consagrados nacional e internacionalmente como, por exemplo, o de Técnica Vocal, com Bruno Wizui, em 1972; o de Alta Interpretação Pianística, com Magdalena Tagliaferro, em 1972 e em 1973; o de Cravo, Piano e Música Antiga, com Roberto de Regina, em 1974; e o de Estilo, Toque e Fraseado em Bach, em 1977.
Na Escola de Música e Belas Artes Selma foi aluna do professor Daniel Costa da Silva, responsável pela orientação inicial do futuro pianista Luiz Thomaszeck quando de seu ingresso na EMBAP, aos 11 anos de idade.
Inteligência musical singular, Luiz Thomaszeck concluiu os doze anos de currículo oferecidos pela Escola em apenas quatro anos seguindo sua formação em São Paulo, sob orientação do professor Gilberto Tinetti e, posteriormente, nos Estados Unidos, sob orientação do pianista Claudio Arrau. Pronto para iniciar sua primeira turnê internacional Thomaszeck foi acometido de grave doença paralisante que o deixou impossibilitado de desenvolver sua carreira de concertista voltando-se, então, para o ensino do piano e da cultura clássica em geral.
A proximidade com Daniel Costa da Silva possibilitou a Selma Suely Teixeira o contato com Luiz Thomaszeck e a convivência com o pianista, nos seis últimos anos de sua vida, resultou em um aprendizado intenso da arte pianística e de suas ramificações pela filosofia e pela literatura mundial.
No início de 1975 Selma participou VII Curso de Música do Paraná e do VII Festival Internacional de Música do Paraná tendo conhecido durante o mês de realização do Curso/Festival maestros e intérpretes nacionais e internacionais. Ao final do mesmo ano concluiu os dois cursos superiores da Escola de Música e Belas Artes passando a dar aulas de música na Colônia Witmarsum e no Conservatório das Irmãs Passionistas.
Em 1977 participou do IX Curso de Música do Paraná e do IX Festival Internacional de Música do Paraná, sob coordenação do mentor dos Cursos/Festivais, Maestro Roberto Schnorremberg, de São Paulo. No mesmo ano passou a integrar o Coral Pró-Música de Curitiba regido pelo Padre José de Almeida Penalva.
Nos quatro anos que participou como coralista do Coral Pró-Música Selma se apresentou sob a direção dos maestros Roberto Schnorremberg e Padre Nereu de Castro Teixeira, além do titular do Coral, Padre Penalva.
Em 1979 passa a exercer, no Coral Pró-Música, a função de secretária do Coro e Orquestra sendo a responsável pela organização de ensaios e concertos realizados pelo Coro e Orquestra Pró-Música, no período 1979-1980.
Também em 1979 ingressa no Curso de Letras, da Universidade Federal do Paraná.
Em 1980 idealizou, organizou e secretariou o I Festival Penalva que, sob a regência do Padre Nereu de Castro Teixeira, de Minas Gerais, homenageou o regente do Coro e Orquestra Pró-Música contando com a participação dos corais Pró-Música, de Curitiba e o da PUC-Minas Gerais, bem como da orquestra Pró-Música. Na plateia, ao lado do homenageado, o Maestro Roberto Schnorremberg, de São Paulo.
De abril de 1981 a julho de 1982 Selma Suely Teixeira foi monitora da disciplina de Literatura Brasileira, no Departamento de Linguística, Letras Clássicas e Vernáculas, do Setor de Letras , Ciências e Artes, da UFPR.
Em 1982 ainda, ano da conclusão do Curso de Letras, integrou o Conselho Editorial da revista Fiação, do Centro de Letras, da UFPR.
No mesmo ano é contratada como revisora do Setor de Editoração da Secretaria de Estado da Cultura e do Esporte do Paraná tendo participado da revisão de edições fac-similares como a revista simbolista Pallium; livros sobre a cultura paranaense como Teatro e paixão: pequena história de um grupo amador, de Marta Morais da Costa e Maria Comninos e de ábuns de arte como Pintores da paisagem paranaense.
Em 1983 passa a exercer a função de coordenadora interina do Setor de Editoração da Biblioteca Pública do Paraná, órgão vinculado à Secretaria de Estado da Cultura do Paraná, tendo sido a responsável pela produção editorial, pesquisa, copidesque e revisão de livros como Ritual de um funeral Bororo, de Vladimir Kozàk; O teatro no Paraná, de Maria Thereza Lacerda; A poesia crítico-inventiva, de Denise-Guimarães e de séries como Ideias em Debate que registrou, em forma de degravações, palestras proferidas em cursos na área de Ciências Humanas realizados na Biblioteca Pública do Paraná e Um escritor na Biblioteca que publicou a conversa de autores como Luís Fernando Veríssimo, Antonio Callado, Paulo Leminski, Fernando Sabino, Márcio Souza, Eliane Maciel, Ignácio de Loyola Brandão, Nélida Piñon, Thiago de Mello, Fernando Morias e Marcos Rey com seus leitores reunidos no auditório da Biblioteca Pública.
Também em 1983 foi aluna do primeiro Curso de Especialização em Literatura Brasileira, da UFPR. Como trabalho de conclusão da disciplina Dramaturgia Brasileira, uma das oito disciplinas que compunham o Curso, Selma apresentou a monografia Análise da Dramaturgia de Chico Buarque de Hollanda, resultado de pesquisa feita em diferentes periódicos e livros teóricos sobre teatro. A análise, inédita até aquele momento, das quatro peças escritas por Chico Buarque para o teatro foi publicada na revista Estudos Brasileiros, do Centro de Estudos Brasileiros da UFPR sendo utilizada até os dias atuais como referência em publicações que tematizam a obra do escritor e compositor carioca.
No período compreendido entre os anos de 1986 e 1987 convidada pela Secretária de Estado da Cultura, professora Suzana Munhoz da Rocha Guimarães, desempenhou a função de coordenadora editorial de projetos desenvolvidos pelo gabinete da Secretária. É desse período a publicação do primeiro jornal cultural da Secretaria de Estado da Cultura do Paraná, Raiz, periódico quinzenal encartado aos domingos no jornal Gazeta do Povo que, em cada uma das nove de suas dez edições, registrou temas como fotografia, cinema, teatro, música, literatura, artes plásticas, artes gráficas, educação e patrimônio paranaenses sendo que o último número saiu sob forma de relatório da gestão dos nove meses da Secretária Suzana Munhoz da Rocha Guimarães.
Ainda como Coordenadora Editorial do Gabinete da Secretária da Cultura coordenou e produziu a publicação do álbum de arte Tradição/Contradição e a do álbum fotográfico Sete Quedas, de Helmuth Wagner.
Em 1987 é solicitada pelo Magnífico Reitor da UFPR para prestação de serviços na área editorial nas Pró-Reitorias de Assuntos Comunitários e na de Ensino e Pesquisa, da UFPR, assim como na Editora Scientia et Labor daquela Universidade tendo participado da produção editorial e revisão de vinte e uma obras de conhecimento científico e dos oito números do jornal Universidade em Curso destinado aos alunos interessados em ingressar na Universidade Federal do Paraná.
Dois anos depois ingressa no Curso de Mestrado em Letras – área de concentração Literatura Brasileira – da UFPR.
Em 1991 é contratada como professora substituta da Escola Técnica da UFPR para ministrar a disciplina de Literatura Brasileira nos três anos do segundo grau. Nessa função orientou a produção de texto da peça O tabuleiro de damas, escrita pelas alunas do 2º ano da Escola Técnica, a partir de pesquisa sobre a obra do escritor Fernando Sabino e encenada, sob direção do ator e diretor teatral, Paulo Friebe, pelas alunas autoras do texto, no auditório do Teatro da Caixa, por ocasião das comemorações dos 50 anos da Escola Técnica da UFPR.
No mesmo ano é convidada pela Diretora da Fundação Cultural de Curitiba, a jornalista Lúcia Camargo, para escrever sobre os nove Cursos Internacionais de Música do Paraná/Festivais de Curitiba. Após intensa pesquisa em periódicos e arquivos públicos e particulares, o volume intitulado Cursos Internacionais de Música do Paraná/Festivais de Curitiba – 1965-1977 foi lançado na casa Romário Martins, em janeiro de 1992, como parte integrante da Oficina de Música de Curitiba daquele ano. Para a ocasião uma exposição com os cartazes de cada um dos Cursos feitos por artistas plásticos do Paraná, por encomenda do Coordenador Geral dos Cursos/Festivais, maestro Roberto Schnorremberg; a reprodução de reportagens e matérias publicadas em jornais da época registrando as diferentes atividades reunidas em cada um dos Cursos/Festivais e a reprodução das capas dos LPs que contêm o registro sonoro das músicas encomendadas pela Coordenação dos eventos a músicos de todo o mundo foi inaugurada, permanecendo em cartaz durante todo o mês de Janeiro. A publicação, trazendo na capa a reprodução do cartaz criado pelo artista gráfico Miran para o último Curso Internacional de Música do Paraná, realizado em 1977, integra a coleção Boletim Informativo da Casa Romário Martins, da Fundação Cultural de Curitiba.
Em 1992 Selma Teixeira conclui o Mestrado em Letras defendendo dissertação intitulada Teatro em Curitiba na década de 50: história e significação. Com base em pesquisa realizada em 2.700 periódicos e documentos guardados em arquivos públicos e pessoais, além de entrevistas com atores, diretores, dramaturgos e técnicos ligados ao teatro, a dissertação, dividida em dois volumes, registra a história de cinquenta e um grupos de teatro que atuaram em Curitiba entre os anos de 1951 e 1960. Desses grupos três se destacam pela permanência dos elencos na cena paranaense e pela revelação de atores, dramaturgos e diretores como Lala Schneider, José Maria Santos, Eddy Franciosi, Ary Fontoura, Odelair Rodrigues, Sinval Martins, Jane Martins, Maurício Távora, Cícero Camargo de Oliveira, Ubiratan Lustosa, Ísis Rocha, Armando Maranhão, Luciana e Aloísio Cherobim, entre tantos outros.
Tendo em vista que a cidade não possuía ainda um espaço oficial para as encenações, os grupos se apresentavam em palcos de Sociedades Beneficentes, salões paroquiais, cine-teatros, colégios, fábricas , asilos e teatros particulares.
A construção e a inauguração, em 1953, do Pequeno Auditório do Teatro Guaíra, também registradas na dissertação, alavancaram o trabalho dos grupos atuantes na cidade sendo eles responsáveis por 1.901 espetáculos dos 2.321 realizados em Curitiba durante a década estudada.
O segundo volume da dissertação reúne dados sobre datas, locais de apresentação, elencos e ficha técnica dos grupos ou companhias responsáveis pelas encenações apresentadas em Curitiba durante os dez anos abordados pela pesquisa. Pinçadas das inúmeras colunas teatrais publicadas diariamente pelos jornais da época, as informações registradas nesse segundo volume são acompanhadas ainda de uma coluna de observações que notificam patrocínios, atividades comemorativas, eventos a que os espetáculos estivessem ligados, números de espectadores, participações e homenagens especiais, entre outros dados.
No mesmo ano de conclusão do Mestrado em Letras, Selma Suely Teixeira reassume a função de revisora no Setor de Editoração da Secretaria de Estado da Cultura. Paralelamente aos trabalhos desenvolvidos na Secretaria organiza e ministra cursos de Literatura para Vestibulares em vários auditórios de Curitiba para alunos vestibulandos de diferentes cursos pré-vestibulares da cidade.
Em 1993 presta concurso para professora de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira no Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná – CEFET-PR, hoje Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR. Trabalhando nessa instituição até sua aposentadoria, em 2013, Selma Suely Teixeira atuou em diferentes frentes como docente tendo ministrado aulas nos Cursos Técnicos Integrados; Superior de Comunicação Institucional e em quatro cursos de Especialização ofertados à comunidade interna e externa pelo Departamento de Comunicação e Expressão, do CEFET-PR.
Estimulando nos alunos o gosto pela pesquisa Selma desenvolveu e orientou trabalhos com discentes dos diferentes níveis de ensino sendo alguns deles premiados em exposições técnicas realizadas pela instituição como, por exemplo, um almanaque criado pelos alunos a partir do conteúdo literário programado para o 5º período do curso técnico integrado, em 1993, que conquistou, para o Departamento de Comunicação e Expressão, o 1º lugar da área de Humanas na XXIII EXPOTEC – Exposição de Trabalhos Técnicos.
Um ano depois o mesmo Departamento obtém Menção Honrosa na XXIV EXPOTEC com a apresentação do projeto “Me dá o mote” que teve como produto final um livro que reunia produção de textos e ilustrações a partir de atividades desenvolvidas em sala de aula sob orientação da professora Selma.
Em 1995, a peça de teatro escrita pelos alunos por ela orientados, “Se cuida… é a mídia”, conquista para o Departamento de Comunicação e Expressão, o 2º lugar Categoria Geral da XXV EXPOTEC.
Outros trabalhos realizados em sala de aula com os alunos orientados pela professora Selma foram publicados pela instituição como as agendas Brasil 500 anos, em 2000, e Brasil Século XX, em 2001, desenvolvidas com alunos do Ensino Médio; a série Memória da Cultura Paranaense , desenvolvida pelos alunos do Curso Superior de Tecnologia em Comunicação Institucional, em 2007, com as entrevistas feitas com as bandas Blindagem e Relespública, com o compositor Cláudio Ribeiro e com o grupo Nymphas, para a disciplina Crítica Cultural e as cinquenta pranchas do projeto UTFPR: 100 anos de história desenvolvidas pelos alunos do primeiro ano do Curso Superior de Tecnologia em Comunicação Institucional responsáveis pelo texto e também pelo projeto gráfico.
Registrando a história centenária da UTFPR esse projeto desenvolvido pela professora Selma durante a disciplina Comunicação Institucional foi escolhido pela Comissão do Centenário da UTFPR para integrar a série de publicações comemorativas ao Centenário da instituição.
Ainda dentro das publicações do Centenário está o folder ilustrativo da exposição sobre a história da construção do painel Ofícios, de Poty Lazzarotto, localizado no pátio central do Campus Curitiba. Pesquisa e texto, tanto do folder quanto da exposição, foram desenvolvidos pela bolsista Letícia Dohms, sob orientação de Selma Suely Teixeira. A pesquisa resultou, ainda, na descoberta de trinta e dois estudos de Poty Lazzarotto para o referido painel cujas reproduções fotográficas estão hoje incorporadas ao acervo do Departamento de Documentação Histórica da UTFPR.
Como decorrência das aulas ministradas nos diferentes níveis de ensino, Selma também orientou Trabalhos de Conclusão de Cursos – TCCs tanto de Graduação quanto de Especialização, sempre voltados para a área de pesquisa. Como exemplos podem ser citadas as monografias Associação Paranaense de Reabilitação: Perfis, da aluna Vanessa Hirata, TCC do Curso Superior de Tecnologia em Comunicação Institucional defendida em 2013, que resgatou a história da APR-PR; Mostras de cinema super-8 na Escola Técnica Federal do Paraná no final da década de 70: um resgate histórico, de Geverson Bispo Rodrigues, TCC do Curso Superior de Tecnologia em Comunicação Institucional apresentado em 2010 e Memória empresarial: o passado como ferramenta estratégica para o futuro, de Anna Maria Teixeira de Oliveira, TCC do Curso Superior de Tecnologia em Comunicação Institucional, defendido em 2009, que registra a história da empresa de segurança Metropolitana, de Curitiba.
No mesmo ano de 2009, a aluna Thaís Eastwood Vaine, do Curso de Especialização em Assessoria de Imprensa, do Departamento de Comunicação Institucional, da UTFPR apresentou a monografia Universidade Tecnológica Federal do Paraná: 100 anos de história, revista comemorativa ao centenário da UTFPR com pesquisa histórica, iconográfica, texto e diagramação assinados pela própria aluna, sob orientação de Selma Suely Teixeira.
Ainda como docente a professora Selma orientou e supervisionou estágios; coordenou semanas acadêmicas; integrou bancas de concursos públicos de técnicos administrativos e professores, de aprovação de equivalências e proficiência em língua estrangeira, de TCCs, de estágios de cursos técnicos e de graduação e pós-graduação; participou de Comissões , de Simpósios e Semanas Acadêmicas e idealizou, coordenou e realizou, juntamente com duas outras colegas do Departamento, a I Semana Científica do Departamento de Comunicação e Expressão. Intitulada Descerrando a cortina: Histórias do teatro paranaense, a I Semana reuniu peças encenadas por alunos e servidores da instituição, uma exposição sobre o teatro paranaense, minicursos, palestras e depoimentos de professores de teatro, atores, diretores, dramaturgos e cenógrafos que fizeram a história do teatro local.
Em 2007 Selma Suely Teixeira foi nomeada pelo Diretor Geral do CEFET-PR, professor Eden Januário Neto, Chefe do Núcleo de Documentação Histórica do Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná/Departamento de Documentação Histórica da UTFPR – DEDHIS, função que exerceu até março de 2013.
À frente do DEDHIS Selma organizou as festividades do Centenário da Universidade Tecnológica Federal do Paraná ocorridas em 2009 que incluíram quatro exposições itinerantes, publicações de revista, pranchas e livro comemorativos à data e a abertura de uma sala de exposições que reunia documentos, fotografias e banners que ilustravam parte da história da Universidade criada, em 1909, pelo então Presidente Nilo Peçanha, como Escola de Aprendizes Artífices do Paraná.
Paralelamente às atividades como professora do CEFET-PR, Selma Suely Teixeira desenvolveu projetos em diferentes espaços culturais da cidade como o projeto 50 anos de paixão que reuniu exposição fotográfica, palestras, depoimentos dos atores paranaenses da década de 50, e lançamentos de livros e calendário comemorativo, realizado em parceria com o XI Festival de Teatro de Curitiba e o curso Jornalismo Cultural: um resgate possível realizado em parceria com o Solar do Rosário, Fundação Araucária e jornal Nota10 . Com duração de dois meses e meio o curso contou com palestrantes de diferentes áreas da cultura que deram seus depoimentos para um público de jovens estudantes de Jornalismo e Publicidade e Propaganda.
Em 2013 desenvolveu pesquisa sobre a história do Casarão Assumpção, sede da Escola de Aprendizes Artífices do Paraná no início do século XX. Fartamente ilustrada a pesquisa deu origem a um documento de 123 páginas que foi encaminhado ao Secretário de Estado da Cultura como justificativa à solicitação feita por Selma Suely Teixeira do tombamento histórico do prédio que abrigou a Escola de Aprendizes Artífices do Paraná.
A intensa atividade como pesquisadora cultural de Selma resultou também na publicação, em 2007, dos dois volumes do livro Jornalismo Cultural, um resgate que reúne textos representativos da produção jornalística de Adélia Maria Lopes, Dinah Ribas Pinheiro, Marilú Silveira, Rosirene Gemael, Aramis Millarch, José Carlos Corrêa Leite e Reynaldo Jardim. Em 2015 Selma Suely Teixeira lançou o livro Luiz Geraldo Mazza e Eloi Zanetti: comunicadores do Paraná.
Pelo conjunto de sua obra Selma é detentora do prêmio Cultura e Divulgação concedido pela Câmara Municipal de Curitiba, em março de 2008, e do prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade, do IPHAN, na categoria regional Inventário de Acervos e Pesquisa com o projeto Jornalismo Cultural: Um Resgate , concedido no dia 20 de maio do mesmo ano.
Atualmente desenvolve o projeto Aramis Millarch: entrevistas publicadas no jornal Fim de Semana, aprovado pela Lei de Incentivo Municipal e aguarda a aprovação de dois projetos encaminhados à Lei Roaunet. O primeiro referente à digitalização e preservação do acervo de documentação e fotos históricas da UTFPR, período 1909-1950, e o segundo sobre a criação, estruturação, instalação e manutenção de um Centro de Documentação Histórica da UTFPR.