Nasci no Rio de Janeiro, vim para Curitiba bem jovem com 17 anos e por aqui fiquei. Hoje, posso dizer que sou mais curitibano que carioca. Estudei no Colégio Estadual do Paraná, fiz amizades aqui, até porque quando somos mais jovens fica mais fácil, acabei me enturmando com o time de Curitiba.
Fiz faculdade de Direito, me formei em 1966 e advoguei pouco, pois passei para outras atividades. Durante algum tempo, fiquei solteiro, mas tarde casei com uma curitibana, chamada Suzana, e hoje tenho uma família, com dois filhos e três netos.
Minha vida foi um pouco desligada da advocacia e um pouco ligada ao empresário, tivemos uma empresa de construção que depois fechou.
Também fiquei muito amigo do pessoal do Clube Curitibano durante um tempo como presidente do Curitibano Junior, quando ainda era guri. Naquela época, Curitiba era uma cidade boa, pequena, você conhecia todo mundo, então era muito fácil de você se relacionar com todas as pessoas que aqui viviam.
Curitiba é uma cidade que me acolheu muito bem, fiz família aqui e permaneço há quase 75 anos. Tenho um relacionamento bom com muita gente aqui. Também faço parte do Clube Curitibano onde praticamente me criei.
Passei a ser empresário em uma empresa que hoje está desativada, a”Farid Surugi Construções” que encerrou suas atividades há quase 20 anos.
Como empresário, na hotelaria eu entrei por acaso. Um dia, nós estávamos no Clube Curitibano, o presidente era o Marco Antonio Fatuch. Ele falou que tinha um hotel e o ofereceu para mim e às outras pessoas da diretoria, uns cinco na época. Por fim, ficamos eu e mais um interessado, o Marco Pinheiro Machado, com quem sou sócio até hoje de um hotel no bairro do Portão. Minhas atividades profissionais estão restritas à hotelaria. Faço parte, também, do Sindicato dos Bares e Hotéis de Curitiba, como vice-presidente.
A vida vai passando e a gente vai ficando mais velho, os filhos vão crescendo e os netos estão aí,já.
Um fato interessante a se contar é que acreditamos no destino. Eu morava no Rio de Janeiro, onde perdi cedo meu pai Washington Tarquinio Pereira, com apenas 32 anos. Minha Sarah Isahias Tarquinio, casou pela segunda vez, uns 4 anos depois, e essa pessoa com quem ela se casou trabalhava num instituto chamado Vital Brasil, que tinha filiais em alguns lugares, sendo que ainda não havia em Curitiba nem em Recife. Um belo dia, informaram que iam abrir filiais nessas cidades. Como minha mãe era mineira, disse que preferia Curitiba pois ficaria mais perto de onde eles moravam.
Recordando um pouco da época de escola, no Colégio Estadual do Paraná teve uma eleição para Presidência do Centro Estudantil do Colégio. O Candido Martins de Oliveira e eu fomos muito concorrentes. Ele, candidato de uma chapa e eu, de outra. Eu ganhei a eleição, independentemente disso somos amigos até hoje.
Depois de me formar em Direito, como disse, atuei pouco na área, fui trabalhar na Copel, que antigamente era pequena, havia menos de quinhentos funcionários. Logo após eu casei, e a família da minha mulher tinha uma construtora, eu acabei saindo da Copel para trabalhar nessa construtora junto com os familiares dela.
Como já havia dito, o Clube Curitibano faz parte da minha vida. Atuei como diretor de Relações Públicas. Em uma época, passei a ser Diretor Social junto ao já falecido Luiz Antonio Vieira que foi da família Bamerindus. Tem até um fato interessante: o Bamerindus tinha comprado um avião nos Estados Unidos e o Luiz pediu para que eu fosse com ele buscar. Chegando lá, tivemos que aguardar pois os pilotos ainda estavam testando o avião. Eles nos informaram que não estava pronto ainda, e precisando esperar dez dias. Chegou um dia, que minha mulher falou: “Melhor você voltar de Varig mesmo do que ficar ai!” Acabei voltando com o Luiz e sem o avião.
A vida vai passando e a gente vai ficando mais velho, os filhos vão crescendo e os netos estão aí,já.
Meu filho Eduardo é engenheiro eletricista, a minha filha Giovana é empresária, meus netos são: a Sara, a Gabriela e o Thiago.